Dias atrás, fiquei horrorizada com um vídeo que vi na Internet. Tratava-se de um taxista que mora na mesma cidade que eu, e o vídeo foi feito por passageiros que vinham de outro Estado e desejavam se informar a respeito da cidade que acabavam de conhecer. Realmente não sei o que achei pior em tudo isso: as barbaridades que o taxista disse, ou o fato de que os rapazes que postaram o vídeo aceitaram tudo que ouviram, sem contestar, sem nem mesmo procurar saber de nada.
No vídeo, as mulheres de minha cidade foram impiedosamente difamadas, e o taxista generalizava ao apontar defeitos supostamente comuns a todas elas. Divertindo-se, os passageiros instigavam-no a falar mais e cada vez mais maldosamente das mulheres da cidade.
Não sou cega. Tenho total consciência de que não vivo em um lugar perfeito e de que há muita perversão e sujeira aqui. Mas daí a dizer que não há uma única alma que se salve em meio ao caos, vai uma longa distância.

Se somos desinformados ou tivemos experiências ruins na vida, não podemos culpar o contexto externo por nossa própria infelicidade. Só porque nunca tivemos o prazer de conhecer o lado bom de algo, isto não quer dizer que ele não exista.
Nenhum comentário:
Postar um comentário