quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Inseguranças infundadas



Meses e meses de uma porção de coisas que nos levam a crer em algo, e depois, então, apenas alguns segundos já são capazes de fazer-nos deixar de acreditar. Por que somos tão inseguros? Passamos enorme tempo e despendemos imensa energia construindo nossos refúgios, e ao mínimo sinal de tempestade, já receamos que tudo desmorone. Por que tanta insegurança? Por que nossas crenças são tão fracas? Qualquer indício contrário às coisas que dão sentido à nossa vida é superestimado em detrimento de todas estas mesmas coisas que, por si sós, já deveriam ser suficientes para não deixar que nada abale nossa fé. Por quê?

Provavelmente esta insegurança nada mais é que uma constante necessidade de reafirmação... Pois a verdade é que todas as coisas que construíram minha crença estão no passado. Por mais que seja um passado não muito distante, mas ainda assim, é passado... E eu adoro viver de passado, mas não posso. Tudo muda a todo momento, e muita coisa pode mudar em apenas uma passagem de segundo, então fica difícil acreditar que o que ontem significava tanto continue significando ainda hoje, mesmo depois de passado algum tempo. 

Mas eu não posso me deixar vencer por um sentimento tão infundado... Simplesmente não há lógica em pensar que monumentos edificados com tanto amor e arduidade possam ser arruinados por uma ridícula brisa de negatividade. É verdade que meus tijolinhos foram empilhados há algum tempo, mas formaram uma base sólida e isso não poderá ser derrubado tão facilmente. Será preciso muito mais que algumas palavras e energias negativas para destruir o que o tempo, o amor e o esforço construíram. 

Eu vou me ater ao valor de todas as pequenas coisas que me levaram a pensar que tudo isso vale a pena, porque sei que, por menos significativas que elas pareçam se analisadas isoladamente, o fato é que juntas elas formaram algo grandioso, e sendo assim, tornaram-se grandes também. Porque tudo que faz parte de um todo é tão forte e importante quanto ele. 



"Há momentos em que se imiscuem, no sentimento do combatente, emoções desconcertantes.
(...) Tem cuidado com esse tipo de fobia em relação ao presente, ao futuro, e aos que te cercam.

(...) Ergue-te em pensamento a Deus e nEle confia. 
Somente acontece o que é necessário para o progresso do homem, exceto quando ele, irresponsavelmente, provoca situações e acontecimentos prejudiciais, por imprevidência e precipitação.

Cultivando o otimismo e a paz, avançarás no teu dia a dia, vencendo o tempo e poupando-te aos estados de insegurança íntima, porque estás sob o comando de Deus."

(Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, extraída do livro Episódios Diários)

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