Acho o máximo quando a Kim Kardashian resolve fazer algum ensaio fotográfico de biquíni, sem a menor vergonha dos pneuzinhos, cheia de orgulho do quadril de quase 100cm, e toda poderosa mesmo com uma barriguinha que, apesar de bonita, não é retinha e nem cheia de gominhos.
Eu consigo aceitar que modelo de passarela tem que ser magérrima. Eu consigo aceitar que miss tem que ser alta e magra. Eu consigo aceitar que fisiculturistas não são pessoas obcecadas pela forma física. Eu consigo aceitar que nem toda gostosa, peituda e bunduda é piriguete e vulgar, assim como consigo aceitar que para ser aceita na comunidade intelectual não é preciso ser gorda e feia.
Eu entendo que há diversos tipos de beleza, diversos biotipos, diversos tipos de corpos de acordo com a disposição genética e hormonal da mulher, ou também de acordo com as escolhas que ela faz em relação à sua alimentação e hábitos esportivos.
Para mim é bastante tranquilo entender que não dá para impor que se aceite qualquer tipo de padrão em qualquer ocasião, pois certas ocasiões requerem padrões específicos.
Não critico as modelos que são magras por natureza e que permanecerão sequinhas ainda que comam bastante. Também não critico as gostosonas que se sentem bem assim mesmo sabendo que as roupas das vitrines não foram feitas especialmente para elas. Igualmente, aceito as saradas que escolhem dedicar suas vidas ao treinamento e aos hábitos saudáveis.
Eu só não posso aceitar que retirem um padrão de seu contexto e imponham que ele é obrigatório para todas as pessoas, sob pena de elas não serem aceitas pela sociedade.
Flúvia Lacerda, Alessandra Ambrósio, Kim Kardashian e Nicole Eccel: lindas, cada uma com seu padrão |
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