Decidiu que não mais se permitiria perder tempo e energia tentando convencer a sociedade acerca da veracidade e do significado do que havia entre eles. Não era preciso que se pintassem de alguma das únicas cores que o mundo enxergava: o amor deles tinha suas próprias cores. E quem tivesse olhos de ver, veria.
Reparou que, curiosamente, parara de escrever poesias quando se apercebera do quanto o amava. E concluiu que não era porque perdera o tino, mas sim, porque descobrira a insuficiência das palavras.
Deu-se conta do quanto era especial ter em sua vida algo tão especial, porque se tão especial era, não o era por apenas ser, mas por uma razão maior. E deduziu que tinham a missão de perpetuar aquela raridade, porque nada lhes fora dado sem propósito, e aquilo não podia se perder.
Porque se neles havia o que tão pouco se encontrava,
e se tão poucos reconheciam, mas os que o faziam se espelhavam,
e se tanto bem inspirava que na forma não se amoldava,
e se tudo era tão e tanto, que perto disto as palavras eram nada,
de que outra forma poderia descrever isto, ao não ser, simplesmente, que o amava?
2 comentários:
Aninha..
Parabéns, amei o texto.. que tenho certeza foi "baseado em fatos reais" e insperado em um certo alguém que atende pelo nome de Luiz Carlos!! rs
Lindo!!
Bjuss,
Tábata
Ana, belas palavras! Você escreve muito bem, mas já deve saber disso...rsrs. A parte da poesia ficou excelente e o sentimento descrito soa muito nobre. Parabéns! =D
Postar um comentário