quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

2011 (o meu e o de todos): retrospectiva e balancete

Chegadas as últimas semanas do ano, é comum vermos nas revistas, programas de TV e Internet algumas retrospectivas. É interessante relembrar os fatos que marcaram o ano que termina, para vermos como ele ficará registrado em nossas mentes. Na minha, particularmente, 2011 ficará marcado como um ano de conquistas e superações...

Em um contexto geral, este ano foi importante para o Brasil. Não diria que foi ótimo nem péssimo, mas que foi decisivo. Dilma Rousseff já chegou se impondo, mostrando seu estilo de governar e já antecipando que a marca que deseja deixar é a de diligência, trabalho árduo e seriedade. Literalmente, ela não brinca em serviço, ao contrário de seu antecessor (e isto não é uma crítica a ele). 

Ainda é cedo para que Dilma colha os louros de suas atitudes, mas, em compensação, o país e o resto do planeta já reagem a ela: a presidenta fecha o ano como a terceira mulher mais poderosa do mundo, segundo a revista americana Forbes, e como uma das 100 pessoas mais influentes do mundo, segundo a revista americana Time; seu governo termina o ano com 56% de aprovação (índice historicamente considerável, se comparado com os percentuais relativos ao primeiro ano de governo de Fernando Henrique Cardoso e de Lula), segundo a pesquisa do instituto brasileiro CNI/Ibope; e o Brasil encerra 2011 como a sexta maior potência econômica do mundo, segundo o jornal inglês The Guardian. Nada mal para alguém que é praticamente iniciante na política! 

Outro ponto a se destacar é o fato exaustivamente lembrado de que Dilma Rousseff é a primeira mulher a ser eleita chefe de Estado em nossa história. Repetir este clichê é uma via de mão dupla: afinal, ressaltar em demasia a peculiaridade da vitória de alguém do sexo feminino é também uma grande demonstração de machismo; se o fato de uma mulher ter alcançado um alto cargo é algo que gera espanto, então, está-se partindo do princípio de que mulheres não são capazes disto. 

Contudo, peço permissão para demonstrar o meu contentamento, a outra via da mão dupla: será que temos noção de quanto a eleição de Dilma significa para a história que será estudada por nossos filhos e netos? Dilma é a primeira de prováveis muitas outras que virão; e quando nossos descendentes estiverem observando as galerias de Presidentes nas páginas de seus livros didáticos, verão fotografias de mulheres indistintamente colocadas entre fotografias de homens, e tudo parecerá muito normal. Ninguém ficará surpreso ou admirado: 'presidentes podem ser homens e mulheres, por que não?'... Que belo pensamento para ser incutido nas mentes das crianças do futuro! Na verdade, este deveria ser o pensamento natural a todos nós. Preconceito e sexismo são coisas que não deveriam existir nunca. Quantos anos levamos para chegar a este patamar! Porém, antes tarde do que nunca. Será que a própria Dilma tem noção do peso de representar algo pelo qual milhares de mulheres lutaram e sonharam tanto? Observando sua sede de operosidade, é de se concluir que sim.

Em 2011, o mundo assistiu a história de vários países do Oriente Médio sofrer grandes reviravoltas; encantou-se com o casamento do Príncipe Wiliam com Kate Middleton; viu Adele trazer a soul music de volta às paradas musicais e Katy Perry e Rihanna consagrarem o sucesso do pop mainstream; comoveu-se com o tsunami que assolou o Japão, e mais ainda com a força dos japoneses que não se deixaram abalar; chocou-se com a morte de Osama Bin Laden (embora muitos acreditem que ele está vivo); chorou a morte de Liz Taylor, Amy Winehouse e Steve Jobs... 

O Brasil, por sua vez, escandalizou-se com novos escândalos de corrupção e a saída de vários Ministros; horrorizou-se com crimes bárbaros como o massacre em Realengo; comoveu-se com os cariocas que ficaram desabrigados após os deslizamentos de terra; viu a Favela da Rocinha ser tomada pela Polícia, no Rio de Janeiro; conquistou direitos relativos aos casais homoafetivos, cujas uniões foram reconhecidas pelo Supremo Tribunal Federal; torceu pela saúde de Reynaldo Gianecchini e do ex presidente Lula, que descobriram sofrer de câncer; testemunhou o nascimento de um novo partido político, o PSD; vibrou com o Rock in Rio; viu a consagração de Anderson Silva como novo ídolo do esporte das novas gerações, graças à expansão do MMA; e foi finalmente valorizado nos países do hemisfério norte...

Ah, este último fato merece muito destaque, pois diz respeito ao Brasil e ao mundo, ao mesmo tempo! A mesma Europa que sempre teve má vontade em recepcionar brasileiros e até mesmo nutria grande preconceito, agora, desolada com a crise econômica, vê seus cidadãos fazendo mil planos de tentar a vida no Brasil, que está em melhor situação do que nunca. Nosso crescimento econômico, aliado ao fracasso das políticas e da economia da maioria dos países europeus, criou uma situação tão vantajosa para nós, que até mesmo a cultura européia (um dos aspectos mais dissociantes deles para conosco) tem sido receptiva à nossa: o hit brasileiro "Ai se eu te pego", de Michel Teló, atingiu #1 nas paradas musicais da Suíça, Espanha e Itália, entre outros países. Até mesmo o jogador de futebol português Cristiano Ronaldo e jogadores de basquete da NBA foram filmados fazendo a coreografia da canção em suas partidas esportivas.

Brasil, quem te viu e quem te vê! Até que, para um país que começou sem planejamento e até sem mesmo a intenção de ser um país, estamos indo bem, não? 


“Este é o caminho da prosperidade, que está sendo construído por nós e para nós, sustentado numa forte democracia. O mundo hoje nos vê com respeito e confiança. E, 2012 será mais um marco de consolidação do modelo brasileiro.”
(Dilma Rousseff)


E, pelo visto, não foi só para o Brasil que 2011 representou conquista e vitória. Para mim, ocorreu da mesma forma. Tal qual para o Brasil, 2011 não foi para mim um ano muito fácil, mas sem dúvida, foi importante, e auxiliou-me a adquirir algum respeito por mim mesma e perante os outros, e a sentir-me melhor comigo mesma. Em 2011, consegui provar muitas coisas, mais a mim do que aos demais. Convenci-me, através de fatos (os argumentos eu já tinha há tempos, mas faltava a ação), que sou capaz de várias coisas... E, como consequência, posso até dizer que influenciei positivamente um reduzido porém significativo número de pessoas à minha volta.

É como ouvi em uma palestra, há algumas semanas, no Centro Espírita que frequento: quando decidimos realizar a reforma íntima, isto faz bem para nós e também para os que convivem conosco, que se inspiram com nossa atitude. Disto se pode concluir: aquele que se compromete a ser melhor assume para si uma grande responsabilidade... Uma vez tendo mostrado aos demais que é possível alcançar um objetivo, devemos persistir e sermos firmes; afinal, há gente que depende da nossa própria força para adquirir a sua própria, há gente que nos tem como exemplo, que recorre à nossa imagem quando busca ânimo para seguir em frente. Se desmoronamos, essa gente pode desmoronar também... Eis uma reflexão interessante para levarmos para o ano novo. 

2012, para mim, será um ano de construção de bases para o futuro. Boa parte do que será minha vida dentro de alguns anos depende do resultado das ações que praticarei em 2012... É claro que o caminho de nossas vidas pode sempre ser mudado; contudo, também é importante enxergar cada momento como uma oportunidade para assegurar um futuro melhor. 

2011, bom ou ruim, está indo embora... Que venha 2012, e que a frescura de um novo ano contagie nossos espíritos com o convite da mudança - para melhor, sempre!


“Temos todos os motivos para olhar 2012 com grande otimismo, com a certeza de que o Brasil continuará crescendo com estabilidade e diminuindo a desigualdade em um ambiente de pujante democracia”
(Dilma Rousseff)

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