Ela fez a opção de ser assim. Pouco expressa o que sente em relação aos outros, e menos ainda dá liberdade a eles para que expressem o que sentem por ela. Ela preferiu assumir essa postura de quem parece não se importar com que pensam e falam. Assim, ela dá a impressão de ser extremamente segura a respeito de si mesma.
Ela sabe que, agindo deste jeito, provavelmente nunca saberá se agrada ou desagrada, se é considerada linda ou horrorosa, incrível ou esquisita. Mas, ela também sabe, é o preço a ser pago para aparentar autoconfiança.
Porém, de uma maneira geral, o que importa para ela é que ninguém nunca vai saber que, em seu íntimo, ela também se questiona. Tem suas inseguranças, como qualquer mulher. E a verdade é que às vezes morre de vontade de saber o que pensam dela. Mas não, ela não vai perguntar. Não vai dar abertura para ninguém dizer.
Ela se ilude pensando no que podem estar pensando. Ela pode apenas imaginar, ou esperar que alguém rompa essa barreira; mas enquanto ninguém disser, ela nunca terá certeza. E, no fim das contas, a ausência dessa certeza sempre significa a possibilidade de que todos a achem fabulosa. E esta possibilidade a consola.
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