domingo, 21 de agosto de 2011

Tentações

"Esse mar me seduz, mas é só pra me afogar..."
("Nada sei", Kid Abelha)




Não adianta querer contar com a sorte. Uma vez aceito o desafio, os obstáculos surgirão, inevitavelmente. 

Iniciada a grande batalha, seja ela qual for, nossos rogos não devem dizer respeito à ausência de tentações, mas sim, na força para resistir a elas.

As tentações que encontramos no meio do caminho existem porque somos fracos, e outrossim, são oportunidades de nos fortalecermos. Fácil é atingir a linha de chegada quando não se encontrou empecilhos ao longo da caminhada - mas àquele que não sucumbiu ante as tentações e conseguiu vencer o mal que enxergou dentro de si mesmo, dele sim é o mérito. 

E assim, de vitória em vitória, nossa fortificação alcançará tal nível que, em um dado momento, mal nos sentiremos tentados. A tentação, repito, existe por causa da fraqueza; extinta ela, e fortalecido o indivíduo, o que outrora se lhe apresentava como um grande convite à falha passará a constituir mero evento indigno de atenção, tal qual pequenina gota d'água que se insinua para o grande incêndio, incapaz de apagar todo o fogo. 




“Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência.” – (Tiago, 1:14.)


Geralmente, ao surgirem grandes males, os participantes da queda imputam a Deus a causa que lhes determinou o desastre. Lembram-se, tardiamente de que o Pai é Todo-Poderoso e alegam que a tentação somente poderia ter vindo do Divino Desígnio.

Sim, Deus é o Absoluto Amor e tanto é assim que os decaídos se conservam de pé, contando com os eternos valores do tempo, amparados por suas mãos compassivas. As tentações, todavia, não procedem da Paternidade Celestial.

Seria, porventura, o estadista humano responsável pelos atos desrespeitosos de quantos inquinam a lei por ele criada?

As referências do Apóstolo estão profundamente tocadas pela luz do céu.

“Cada um é tentado, quando atraído pela própria concupiscência.”

Examinemos particularmente ambos os substantivos “tentação” e “concupiscência”. O primeiro exterioriza o segundo, que constitui o fundo viciado e perverso da natureza humana primitivista. Ser tentado é ouvir a malícia própria, é abrigar os inferiores alvitres de si mesmo, porquanto, ainda que o mal venha do exterior, somente se concretiza e persevera se com ele afinamos, na intimidade do coração.

Finalmente, destaquemos o verbo “atrair”. Verificaremos a extensão de nossa inferioridade pela natureza das coisas e situações que nos atraem.

A observação de Tiago é roteiro certo para analisarmos a origem das tentações.
Recorda-te de que cada dia tem situações magnéticas específicas. Considera a essência de tudo o que te atraiu no curso das horas e eliminarás os males próprios, atendendo ao bem que Jesus deseja.

("Origem das tentações", lição 129 do livro "Caminho, verdade e vida", de Emmanuel, psicografado por Chico Xavier)








"Sempre uma nova tentação
Eu sou o desejo
Sempre com moderação
Se é uma vontade vinda do coração


Tentando manter tudo isso longe de vista e da mente, fora da vista e da mente 

Tentando encontrar uma razão pela qual eu não me reconheça 

Quanto menos você espera de mim, menos você consegue 
A cada teste que você me faz, mais eu posso me corrigir

Eu não posso continuar cometendo os mesmo erros que cometi
Os erros que cometi
Eu não posso continuar a viver a vida que ficou para trás
Eu não me reconheço..."

("Submission", Delphic)

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