domingo, 27 de fevereiro de 2011

Sobre amar e ser amada: a influência dos meios de comunicação

Aos que tenham reparado no título do texto, eu realmente pus o particípio do verbo amar no gênero feminino, porque pretendo analisar o tema sob a ótica feminina. Afinal, eu sou mulher, e nesta condição, sei como algumas coisas são difíceis para nós. O mundo foi “dominado” pelos homens por milhares de anos, e por mais que nós já tenhamos revolucionado este cenário, ainda há muitos conceitos a serem derrubados, ou pelo menos modificados. Não se apagam séculos de opressão com apenas algumas décadas.

As histórias contadas pelos livros, filmes e programas de TV, muito embora cumpram com sua tarefa de entreter, emocionar e até mesmo passar boas mensagens, também mexem um pouco com os sentimentos e a formação da identidade feminina e acabam passando uma imagem errônea de como as coisas funcionam. Aliás, seria mesmo errônea? Talvez seja apenas lamentável, haja visto que fora da tela e das páginas, muita gente ainda pensa como nestas histórias.

Estou me referindo ao velho padrão segundo o qual a mulher deve ser bela e encantadora, enquanto o homem pode ser como for. Certamente, a menina que não nasce tão abençoada com traços perfeitos, cabelos sedosos e corpo gracioso sofre muito com esta ditadura. Fica difícil acreditar que é possível ser amada mesmo não sendo parecida com uma atriz de cinema ou perfeita como as mocinhas dos livros de romance.

Desde a antiguidade, as lendas e histórias de amor têm como destinatária de todo o amor do herói uma donzela bela, delicada, charmosa e doce. Vejamos um trecho do famoso "Marília de Dirceu", de Tomás Antônio Gonzaga:


"A minha amada 

é mais formosa 

que branco lírio, 

dobrada rosa, 

que o cinamomo, 

quando matiza 

co’a folha a flor: 

Vênus não chega 

ao meu amor."

Nos filmes, novelas e séries, não é diferente: a cena em que o homem se apaixona é o momento em que a moça passa em câmera lenta, linda, com os cabelos balançando ao vento, enfim, esbanjando charme e perfeição. Em todos os momentos em que o homem se flagra com pensamentos românticos, a moça está lá, belíssima, com um sorriso que faz o mundo parar. Nunca vi um personagem masculino que cai de amores por uma garota que não seja incrível. Alguém já viu uma cena de novela das nove com uma mulher mais gordinha, de cabelos crespos e rosto imperfeito caminhando pela orla, e de repente o galã a vê e seu coração acelera? Eu nunca vi.

Para deixar tudo ainda mais bagunçado, aquele que é tido como “o poeta do amor” ainda possui a proeza de soltar a pérola: “As feias que me perdoem, mas beleza é fundamental”.

A lindíssima Helô Pinheiro, no auge de sua juventude,
musa inspiradora de Vinicius de Moraes.
Interessante notar que essa exigência de beleza e perfeição só diz respeito às mulheres. Vinicius de Moraes, por exemplo, não era bonito. Mas claro que isso nunca o impediu de se achar merecedor das garotas mais lindas do Rio de Janeiro. Okay, ele era talentoso, poeta, etc e tal... Mas então por que as grandes poetas, intelectuais e demais mulheres inteligentíssimas porém feias não conseguem o mesmo feitio?

Homens feios, gordos, sem charme, sem carisma ou até monstruosos nunca constituem problema. A mulher é que não pode ser feia. É o que vemos em clássicos como “A bela e a fera” (a jovem linda e o monstro), “O corcunda de Notre Dame” (o corcunda velho e esquisito, e a cigana exótica e bela) e “King Kong” (o gorila horripilante e a donzela loira).  Tudo isso é visto como muito normal, mas quando ocorre o contrário – mulher feia e homem bonito –, assume tom de piada, de deboche, como na novela e série “Betty, a feia” (ou “Ugly Betty”, e ainda “Bela, a feia”), e no filme “O amor é cego”.


Quando o casal é composto por um homem feio e uma mulher bonita, todos acham normal, e até se emocionam...

... Mas quando ocorre o contrário, a história precisa ser contada em tom de comédia, de gozação, porque isto é considerado "anormal".

Das histórias que escutamos e vemos desde sempre, a conclusão a que se pode chegar é que a mulher tem a obrigação de ser linda, ou nunca será amada. E o seu par pode até mesmo ser horroroso ou estúpido, que importa? Ele pode. E ela tem que aceitar, porque sua função é apenas ser linda e servir de musa inspiradora. Não tem direito de reclamar ou querer algo melhor, apenas deve ficar ali, perfeita, como um efeite.

Como fica a autoestima de uma garota que não possui uma beleza convencional e cresce recebendo mensagens como estas? Provavelmente se tornará uma mulher retraída, que não consegue se amar e se aceitar, e que acha que não merece ser amada por homem nenhum porque não corresponde ao que eles esperam de uma mulher.

Estou ciente de que os veículos de comunicação não os únicos responsáveis por isso. Não os culpo por completo. Se as novelas, filmes e livros reproduzem estas coisas, é porque certamente elas também ocorrem “no mundo real”. Entretanto, é inegável que a mídia não retrata as mudanças na sociedade na mesma proporção em que elas têm crescido.

Todo mundo conhece algum caso, em seu círculo de amigos ou de conviventes, de mulher gordinha e bem resolvida que namora rapazes bonitos, ou de outras pessoas não muito bonitas que ainda assim levam uma vida social normal e são felizes no amor. Por que não vemos isso nas novelas? E se vemos, por que em uma proporção tão pequena? Talvez porque a TV precise de beleza; aparecer na TV requer perfeição, porque como ela se vale principalmente do recurso visual, precisa mostrar coisas bonitas a fim de cativar os telespectadores.

Será, todavia, que as pessoas não se identificariam mais se os seus programas prediletos mostrassem situações mais verossímeis? Os ambientes e fatos mostrados nas séries, novelas e filmes não são muito críveis: é simplesmente irreal imaginar um lugar onde todos são lindos, todas as mulheres são magras e andam maquiadas 24 horas por dia. Visualmente é lindo, e é claro que impressiona, dá ibope... Mas enquanto isso continuar, seguiremos alienando a mente de meninas e moças que nunca vão conseguir se sentir adequadas.  

Homem de verdade

24/02/2011 - 13h12
Nina Lemos: O verdadeiro homem da casa do "BBB11"
NINA LEMOS

COLUNISTA DA FOLHA


"Só tem viado aqui dentro". A frase não foi dita no "Big Brother" por nenhum integrante do grupo dos "machos alfa", mas por Daniel, o único gay assumido que continua no programa.
Se o BBB do ano passado foi marcado por brigas entre gays, simpatizantes e homofóbicos, o desse ano expõem outro conflito (muito parecido): o entre homens machistas e mulheres.
Daniel, quando chamou os caras de "fracos", explicitou a guerra. E mostrou que é ele o homem da casa que realmente ama as mulheres (fato que nada tem a ver com orientação sexual, como se sabe).
Sim, porque o "viado" a que Daniel se refere não é o homem gay. Mas o machão que não sabe lidar com moças, as trata mal e, por vezes, as odeia.
"Não torço para esses homens uós. Se eles ganharem, vão botar para ferrar com as empregadas deles. O Diogo briga com mulheres. Não posso aceitar essas humilhações que ele faz."
Diogo, para quem não assiste ao programa, já chamou uma das participantes de "gorda nojenta" e de "balofa". Adriana, de quem ele era "amigo", já foi chamada de "songa".
"Eu cuspo em mulher, grito", disse certa vez o exemplar mais ogro do grupo.
O "amigo gay" das moças não foge da raia. Pelo contrário: as defende com "macheza". Desde que a tal garota foi chamada de "gorda nojenta", nunca mais deixou de votar em Diogo.
O curioso é que as meninas, que, sim, já chamaram os homens de machistas e também formaram um bloco, não votam contra os caras que as maltratam.
Talvez por medo, por não resistir a um afago ou por estarem acostumadas a levarem patadas de homem na vida real e acharem que é assim mesmo.
Depois de discutir com os homens, elas não suportam o tranco e acabam pedindo desculpas para os machos feridos usando chavões do estilo: "Eu exagerei, estava nervosa. Desculpe". A culpa é sempre da mulher, claro. E coitado do homem que ainda teve que lidar com essa louca!
Daniel é amigo dos machos, sim, e a convivência é harmônica. Mas ele é o único da casa que ainda não abaixou a cabeça para os rapazes fortes e pediu "desculpas por existir".
O grupo dos machos alfa tem tudo para chegar à final do programa (grande objetivo deles). Mas já está mais que provado quem é o "homem" da casa.



Achei este texto muito interessante, e ao lê-lo, pude ter mais certeza ainda de minhas convicções acerca do que é verdadeiramente ser homem, neste mundo tão louco em que vivemos, neste mundo que ainda guarda em seu íntimo algumas velhas ideias sobre “homem provedor”, “homem que sustenta”, “homem que manda”, mas que ao mesmo tempo já aceita homens que fogem deste estigma e até recebem a homossexualidade com maior tranquilidade.

O que penso é que ser homem, ser um verdadeiro homem, não é uma questão de opção sexual. É uma questão de personalidade. Um homem pode se envolver com outros homens e ainda assim ser um grande homem (porque gostar de homens não é sinônimo de ser mulher, e um homem não deixa de ser homem apenas porque prefere não se relacionar com mulheres). Por outro lado, eu poderia citar um sem-número de homens heterossexuais, no maior estilo “macho alfa”, que não sabem ser homens. Não há como discordar de Nina Lemos, a autora do texto acima: de que adianta ser másculo, viril, ter coragem de falar tudo que pensa e agredir quem bem entender, e não saber cumprir com sua palavra?, não ter cárater?, não saber tratar uma mulher? Um homem de verdade, independentemente de sua orientação sexual, sabe tratar uma mulher.

Certa vez, perguntaram-me se eu achava que o homem deveria sempre pagar a conta ao sair com uma mulher, e se isso era uma demonstração de cavalheirismo. Respondi que isto é relativo, que depende da situação.

Meu conceito de cavalheirismo vai além de abrir a porta do carro, pagar a conta e puxar a cadeira para a moça se sentar. Cavalheiro, no meu entender, é o homem que vale-se de suas condições de homem para fazer alguma gentileza à mulher. Cavalheirismo, para mim, seria fazer uso do que o sexo masculino tem de melhor, de superior, para dar apoio, proteção e carinho ao sexo feminino. Sim, porque reconheço que em alguns aspectos, o homem é superior – tanto generalmente, quanto em cada caso individual.

Neste ínterim, um homem dotado de condição financeira superior que a mulher é cavalheiro quando se oferece para pagar a conta. Se ambos estão em um mesmo patamar, por exemplo, já não se trataria de cavalheirismo, mas sim, de gentileza mesmo. Um homem alto, forte e másculo que não deixa sua companheira carregar coisas pesadas, em função do porte frágil dela, é cavalheiro. Em suma, um homem que usa de seus méritos para agradar a mulher, tendo em vista as fragilidades da mesma, é um grande cavalheiro.

E de que adianta gabar-se tanto de sua força e de sua masculinidade se não houver a coragem de cumprir suas promessas, enfrentar seus próprios medos, honrar sua palavra? Um homem de verdade precisa ter essa bravura, que não tem nada a ver com usar de violência física, mas sim, com ideais e com caráter.

Às felizardas (como eu!), que conseguiram encontrar homens assim, sejam gratas, e não desperdicem a maravilhosa oportunidade de criar meninos que também serão grandes homens, assim como seus pais são – pois esta espécie certamente já está em vias de extinção.  



"Because a real man knows a real woman when he sees her 

And a real woman knows a real man ain't afraid to please her 
And a real woman knows a real man always comes first
And a real man just can't deny a woman's worth"

(Alicia Keys, "A woman's worth")


("Porque um verdadeiro homem conhece uma verdadeira mulher quando a vê
E uma verdadeira mulher sabe que um verdadeiro homem não tem medo de satisfazê-la
E uma verdadeira mulher sabe que um verdadeiro homem sempre vem em primeiro lugar
E um verdadeiro homem simplesmente não pode negar o valor de uma mulher")

sábado, 26 de fevereiro de 2011

O que tenho ouvido ultimamente – Parte V: Cantoras brasileiras

Privilegiei os artistas norte-americanos e ingleses em minhas listas anteriores, mas agora estou aqui para falar de cantoras brasileiras, em grande parte de MPB, que também não são ainda grandes conhecidas do público. Okay, há uma exceção ao fim da lista, mas é justificada!

Marya Bravo
Filha de Zé Rodrix e dona de uma grande bagagem cultural, descobri a música de Marya Bravo pelo Orkut e de cara adorei sua voz linda e triste, e suas canções profundas e voltadas para o rock'n'roll. 
Fiquei encantada pelo álbum "Água demais por ti", de 2009. A interpretação de Marya é maestral, as canções são uma delícia para os ouvidos e também gostei das letras.



Tulipa Ruiz
Conheci Tulipa quando a vi cantando no programa "Altas Horas", e sua voz e estilo diferentes me deixaram curiosa.
Tenho escutado bastante o seu álbum "Efêmera", de 2010, que traz uma MPB bem gostosa, meio pop.



Sandy
Não me matem por tê-la colocado entre Marya e Tulipa; sei que Sandy não canta MPB e tampouco é pouco conhecida, mas não podemos negar que seu primeiro álbum solo tem tido pouca aceitação. Lamentável, porque é um ótimo álbum!
É triste atestar isto, mas Sandy infelizmente vai conviver pelo resto da vida com o estigma de ter sido uma cantora infantil com pose de virgenzinha. O povo brasileiro se prende muito a estes rótulos e raramente volta atrás em suas opiniões. Mas ainda há quem saiba apreciar coisas novas sem ficar preso ao passado - e ainda que se leve o passado em consideração, que mal as pessoas tanto vêem em Sandy e Junior? Eles faziam um pop juvenil tão legal, e em especial nos últimos anos de carreira amadureceram bastante... O álbum de 2006 é um dos meus prediletos e não tem nada de infantil, pelo contrário, é muito maduro e bem feito, pop da melhor qualidade.
Pois bem, em sua nova empreitada - o álbum "Manuscrito", de 2010 - Sandy continua pop, mas mais introspectiva, reflexiva, como que tentando descobrir-se. Esta busca pelo autoconhecimento rende canções lindas e interessantes, como a do vídeo abaixo.







Ainda estou com muito material guardado para escutar, de outras cantoras neste mesmo estilo, como Juliana R. e Luisa Malta, mas por enquanto, as que mais têm tido espaço em minhas playlists são estas que citei. Música brasileira sempre cai bem, principalmente quando cantada com competência e sensibilidade.

O que tenho ouvido ultimamente – Parte IV: Indie rock e artistas alternativos

Gosto de estar sempre atualizada com as novidades do mundo da música, checar os charts (paradas musicais) do Brasil e dos EUA, pesquisar pelo site da Billboard e tudo o mais... Mas de vez em quando também é bom fugir um pouco disso e ouvir música menos "badalada".

Recentemente descobri várias bandas de indie rock (rock independente) bem legais, e também outros artistas alternativos, que fazem um som bem interessante e original. Aqui vão alguns exemplos:

Ellie Goulding
Cantora inglesa muito boa, chegou a ganhar alguns prêmios na Inglaterra e ficou em primeiro lugar na lista da BBC "Som de 2010", mas não consegue tanto destaque na mídia... Faz um pop não muito convencional, com elementos eletrônicos e um quê de new wave. 
Recomendo o álbum "Bright lights", de 2010.





Marina and The Diamonds
Também a descobri na lista da BBC, na qual ela ficou em segundo lugar. Marina é galesa e tem ascendência grega. Segundo a própria BBC, "se uma jovem Liza Minelli estivesse estrelando um musical da Broadway que contasse a história da vida de Tori Amos, soaria como isto".
Assim como o pop de Ellie Goulding, o de Marina foge do lugar-comum e mescla música eletrônica, pop, black music e indie rock... É uma loucura, fica difícil descrever, mas é ótimo!






The Pepper Pots
Esta dica é pra quem gosta das girl groups dos anos 60, aquelas sobre as quais estou falando aqui no blog: The Ronettes, The Crystals, The Marvelettes, The Supremes, The Chiffons... 
As Pepper Pots fazem esse tipo de pop, bem melódico, girlie ("mulherzinha") e sessentista. Quem gosta da Motown vai adorar!


The Secret Sisters
Dupla americana cuja música tem base country, mas um tanto quanto folk também... Se bem que, ao escutá-las, não consigo pensar em nada além da música country de raiz - tanto que no primeiro álbum há até uma regravação de "Big river", do lendário Johnny Cash. Há também quem compare o som delas a Patsy Cline e June Carter (segunda esposa de Johnny Cash), e outras divas da música country.





Delphic
"Isto é o que teria acontecido se o New Order abraçasse o ambiente techno, ou se o Neil Tennant dos Pet Shot Boys tivesse passado um tempo em raves", é como a BBC descreve o som do Delphic, uma banda inglesa super legal que faz um som meio eletrônico, mas não necessariamente pop. Até agora, minha canção favorita é "Submission".




The Like
Não faço a menor ideia de como conheci as meninas do The Like, mas foram uma grata surpresa! Trata-se de uma banda de indie rock influenciada pelas girl groups dos anos 60, o punk rock dos anos 70, bem como outras bandas de rock com vocais femininos.  Todo o álbum "Release me", de 2010, é excelente.







Hurts
Esta dupla inglesa de synthpop nos remete ao new wave dos anos 80, como Tears for Fears e Pet Shop Boys, e faz canções que se destacam pela sensibilidade. Super recomendados! Algumas canções realmente são tão lindas que doem (como "The water" e "Stay", do vídeo abaixo), conforme sugere o nome do grupo.






Brava 
Até que enfim uma banda brasileira na lista! Pois bem, a banda Brava emplacou uma canção na trilha sonora de Malhação, "Todo mundo quer cuidar de mim", em 2004. Ela fez bastante sucesso e levou todo mundo a se perguntar se era Paula Toller, mas na verdade quem cantava era a filósofa carioca Paula Marchesini.
A banda Brava faz um pop rock bem legal, introspectivo, sentimental, com letras boas e melodias agradáveis. 





The Drums
Outra banda que descobri na lista da BBC "Som de 2010"... Os garotos do The Drums pegaram o quinto lugar, e me cativaram com seu som, que ora me soa como o rock cru do White Stripes (porém, um pouco menos agressivo); ora me soa como a new wave dos anos 80; e ora me soa como o surf rock dos anos 60, em especial as canções dos saudosos Beach Boys.
Enfim, todo o álbum de estréia é excelente, eu destaco "Best friend" (vídeo abaixo, faixa que abre o disco), "I need fun in my life", "Book stories", "Forever and ever Amen", "Down by the water"... Vale a pena conferir!





The Blade 
Mais uma banda brasileira, apesar do nome em inglês. Conheci essa banda paulista pelo orkut, e logo me interessei quando vi que o som deles era inspirado no rock dos anos 60, entre outros estilos musicais.
O The Blade permanece escondido e limitado ao cenário independente, então fica difícil ouvir falar deles, mas é possível baixar as canções por meio do site da banda, pelo link: http://www.theblade.com.br/musicas.html
Particularmente, gosto muito do álbum de 1997, "Rage", em especial da canção "Beast".




Binocular 
Okay, o som do Binocular nem é tão alternativo assim, é um pop rock bastante comercial, mas como ele nunca foi tão divulgados, incluí-o nesta lista. 
Na verdade, nem se trata de uma banda, mas sim de um único cantor e instrumentista, o americano Kevin Rudolf. Lançou um álbum maravilhoso em 2001, recheado de belíssimas canções como "You" (que fez parte da trilha sonora do seriado Smallville), "Wait until", "Gone away" e "Deep".




Em 2004 Kevin lançou, ainda sob o pseudônimo de Binocular, a canção "Maybe you're gone", que entrou para a trilha sonora do filme "Um show de vizinha" ("The girl next door"). A música só toca nos créditos finais do filme, mas ainda assim conquistou alguma repercussão - aliás, foi desta forma que conheci o trabalho do Binocular! 
Para quem gosta de pop rock romântico no estilo The Calling e 3 Doors Down, o Binocular é uma boa dica, embora seu som tenha menos guitarra, seja mais tranquilo e até tenha alguns elementos de eletrônico. 


Pancho’s Lament 
Assim como o Binocular, Pancho's Lament é uma banda de um homem só e não é exatamente alternativa. Seu som também é pop rock romântico, e a "banda" alcançou fama por ter praticamente todas as canções do primeiro álbum (lançado em 2000) incluídas na trilha sonora do seriado Jack e Jill.
As canções são lindíssimas, com bastante violão e letras ótimas. Minha queridinha é "Little angels", sou capaz de ouvir dez vezes seguidas!







Enfim, espero ter ajudado a divulgar um pouco melhor estes artistas que, justamente por serem "alternativos" e/ou "independentes", acabam não chegando ao conhecimento de muita gente. Se por um lado isso é bom, por salvá-los da possibilidade de virarem "modinha", por outro é no mínimo um desperdício que haja tanta boa música sem gente para ouvir!

O que tenho ouvido ultimamente – Parte III: Trilhas sonoras de seriados

Também tenho uma listinha de excelentes canções que sempre me fazem lembrar alguma cena especial de algum seriado que gosto! Ou simplesmente canções que descobri por meio de seriados, ainda que eu não os acompanhe.

Jack e Jill

Jeremy Toback – Perfect from the start
Pancho’s Lament – Promise me this
Pancho’s Lament – Little angels
Pancho’s Lament – Truth about Romeo


Hellcats
Bow Wow – I want candy
Fefe Dobson – Stuttering




One Tree Hill
Fountains of Wayne – All kinds of time
Songs Ohia – Just be simple
Howie Day – Collide
Josh Canova – The wish
Marla Sokoloff – Call me crazy

The O.C.
Nada Surf – Inside of love
Phantom Planet – California

Tru Calling
Vaughan Penn – If you could see
Fullblown House – Somebody help me

Smallvile
Remy Zero – Save me
Binocular – You
The Calling – Wherever you will go

Felicity
REM – Everybody hurts
Amy Jo Johnson – Puddle of grace



90210
Fitz and The Tantrums – Don’t gotta work it out
Ghostland Observatory – Sad sad city

Melrose Place
Alpha Rev – Cold months





Glee



Silly love songs
Bills, bills, bills
Need you now
Valerie
I’ve had the time of my life
Forget you
Umbrella / Singing in the rain
Marry you
Just the way you are
Empire State of Mind
Time warp
Dog days are over
Hey soul sister
Last Christmas
(Todas na versão cantada pelo próprio elenco da série)

O que tenho ouvido ultimamente – Parte II: Pop teen “mulherzinha”

Em meu Ipod quase sempre há espaço para este tipo de pop music que quase não tem mais vez hoje em dia, esse pop “chiclete”, feito por e para garotas que gostam de romance e meiguice – generalmente falando, é claro.

Talvez eu esteja muito velha para escutar esse tipo de música, que geralmente é obra de atrizes da Disney que querem se lançar como cantoras, mas e daí? Música é sempre música, sem contra-indicações.

Selena Gomez
Espero não me decepcionar com esta mocinha, mas até hoje quase tudo a seu respeito tem me agradado muito! Divirtia-me com suas travessuras no seriado “Os feiticeiros de Waverly Place”, fascino-me com suas roupas e seus incríveis visuais nos tapetes vermelhos da vida, e acima de tudo, ADORO sua música!

Seu primeiro álbum, “Kiss and tell”, passeia pelo pop rock juvenil e pela dance music. Do primeiro estilo, destaco a animada e poderosa “More”, as fofinhas “I got you” e “I promise you”, e ainda “I won’t apologize”, que é uma das minhas preferidas. Também não posso deixar de mencionar “The way I loved you”, a principal balada romântica do álbum, linda e ingênua como deve ser uma canção de amor cantada por uma menina de 16 anos. Porém, o grande destaque é realmente “Naturally”, que tem uma levada mais eletrônica e foi o grande hit do álbum. A letra fala de duas pessoas que têm uma química forte, que faz com que tudo entre eles aconteça muito naturalmente. Eu poderia até descrevê-la como uma canção muito sensual, se não tratasse do tema com tanto recato.


Seguindo a linha de “Naturally”, o segundo álbum de Selena, “A year without rain”, de 2010, continua investindo na dance music. A faixa-título foi o segundo single e consegui excelentes resultados nas paradas musicais. Eu destaco ainda a fofa “Off the chain”, dançante porém não menos romântica, e a agradável e típica “Live like there’s no tomorrow”, uma autêntica canção da Disney, sentimental e com lições moralistas.


Miranda Cosgrove
A atrizinha de “Escola do Rock” cresceu e ganhou destaque nas produções da Disney, fazendo um enorme sucesso com a série de comédia infanto-juvenil “I Carly”. Apostando fortemente em seu carisma e sua pose de boa-moça, Miranda lançou em 2010 o álbum “Sparks fly”, que teve como primeiro single a fofíssima baladinha “Kissing you”.. Impossível não se deixar envolver pela atmosfera de amor juvenil que a música traz! Destaco ainda as minhas duas outras favoritas do álbum: “Daydream”, que segue o mesmo estilo romântico teen de “Kissing you”, e o pop rock “There will be tears”.  


Outras canções do estilo que tenho ouvido juntamente às canções de Selena e Miranda:
Katharine McPhee – Terrified
Shontelle – Impossible
Colbie Caillat – Begin again
Fefe Dobson – Stuttering 

O que tenho ouvido ultimamente: Parte I – A nova música velha

Sempre deixei muito claro, em todos os meus textos, que amo música e não vivo sem. Embora eu não tenha nenhum dom concernente à arte musical, posso dizer que música é uma das maiores paixões da minha vida; não há um momento do qual ela não faça parte, ainda que apenas em minha mente... Há sempre uma música tocando na minha rádio mental!

Desta forma, certas canções, estilos e artistas acabam marcando certos períodos da minha vida. Adoro escutar alguma canção e me lembrar de alguma coisa, de alguma época em que eu a escutava incessantemente! Relacionar sentimentos e fatos com música é algo recorrente para mim; é automático.

Ultimamente tenho escutado muitas coisas legais e diferentes, e como falar de música é sempre um prazer, resolvi compartilhar as minhas atuais preferências – até para divulgar melhor alguns artistas! Música boa deve ser conhecida e exposta.

Começarei falando de uma nova geração de artistas que está mantendo vivos o soul e o R&B dos tempos áureos; uma turma que, em sua grande maioria, não é negra (!), mas tem a black music na veia. Quase todos bebem na mesma fonte: a antiga gravadora americana Motown, responsável por fazer a black music estourar nos anos 60 e 70 e por lançar excelentes cantores, instrumentistas e compositores como Diana Ross and The Supremes, Jackson Five, Stevie Wonder, Marvin Gaye, The Temptations, The Four Tops, Martha Reeves and The Vandellas, entre tantos outros.

Em um tópico anterior aqui no blog, comentei sobre a maravilhosa banda Fitz and The Tantrums, que faz um som bem alternativo, uma gostosa mistura de indie rock e soul, contando até com alguns elementos oitentistas – há quem brinque que a banda é um resultado do cruzamento entre David Bowie e a Motown!  

O mais recente álbum do Fitz and The Tantrums, “Pickin’up the pieces”, traz canções já lançados no EP anterior (“Songs por the break-up”), com exceção de duas baladas lindas e suaves, “We don’t need love songs” (o órgão nos primeiros segundos da música é nostalgia pura, e o canto sofrido do vocalista Michael Fitzpatrick reforça a sensação de balada sessentista) e “Darkest street”. 





Eu destaco a alegre “Breaking the chains of love”, a genial “We don’t gotta work it out” (a música que me fez conhecer e amar a banda! Eu poderia jurar que ela foi mesma composta na década de 60), a linda e triste “Tighter” (a letra é bela: “Why didn’t I hold you tighter than tighter? ... You can’t hold on to what is already gone”), a efusiva “News 4 u” (o pandeirinho no início faz lembrar “Be my baby”, das Ronettes, e vários outros hits de girls groups dos anos 60).


- Amy Winehouse
Sim, ela é escandalosa, maluca, viciada em drogas e bebida, obcecada pelo ex-marido, mas eu quero mesmo é falar de sua música. Para começo de conversa, Amy é branca e magrinha, mas tem a voz de uma negra gorda, ou seja, uma MEGA e incrível voz!

Seu primeiro álbum, “Frank”, tem uma sonoridade mais puxada para o lado do jazz, com alguns elementos da soul music. Trata-se de um trabalho bem feito e de escuta fácil, muito gostoso e leve, em que encontramos uma Amy diferente, com voz mais aguda e estilo mais tranquilo. Destaco “Stronger than me”, “Help yourself” e “October song”.


Mas o segundo álbum, “Back to black”, é que alçou Amy Winehouse ao estrelato. No maior estilo black music sessentista, com alguns elementos de música ska (estilo musical derivado do reggae), neste álbum Amy canta com a voz mais rasgada, mais grave, e também com tons mais emocionais, mais densos. Várias canções têm atmosfera sombria, triste e pesada (“Love is a losing game”, “Some unholy war” e até a faixa-título). Percebe-se que a maior influência sofrida é a da música produzida pelas girl groups dos anos 60.


- Duffy
A galesa Aimee Duffy conquistou fama e sucesso em 2008, com seu segundo álbum, “Rockferry”. Graças às suas canções e sua voz (diferente – para não dizer engraçada! –, mas também muito potente), Duffy vendeu milhões de cópias e foi indicada a vários prêmios.

“Rockferry” é um álbum excelente, viciante e de alto nível. Não há sequer uma canção ruim, e a voz de Duffy cai como uma luva para todas elas. A faixa-título abre o álbum e já anuncia que trata-se de um trabalho pretensioso, disposto a oferecer a mesma qualidade das obras das grandes divas da black music. Há canções que não têm nem um quê de atualidade, como o super sucesso “Mercy” (que é dotada de honestas aspirações sessentistas, e alcança o objetivo!) e a sofrida “Syroup and Honey” (na qual a precariedade instrumental dá espaço para o destaque da voz de Duffy, bem como de sua interpretação, completamente sentida e carente, no maior estilo Etta James). Há canções mais pop, como a meiguinha “Serious” e a balançante “Delayed devotion”. Mas as melhores mesmo, segundo meus critérios, são as sentimentais e delicadas “Stepping stone”, “Warwick Avenue” (tão triste que comove) e “I’m scared”.



O terceiro álbum de Duffy se chama “Endlessly” e não mantem o nível do anterior. Menos introvertido e mais pop, talvez seja uma tentativa tímida de Duffy retornar à música pop, que era o que fazia em seu primeiro álbum – e, sabe-se lá, pode ser o que ela gosta de verdade; não se pode descartar a hipótese de “Rockferry” ter sido apenas uma jogada de mídia, haja visto que foi lançado na mesma época em que Amy Winehouse estourava nas paradas musicais. Ainda assim, destaco a emotiva “Don’t forsake me” e a bonita “Hard for the heart”.


- Janelle Monaé
Aclamada como uma das mais criativas e talentosas artistas da atualidade, Janelle é uma figura interessante. É uma showoman, bonita, estilosa, talentosa, carismática e louca, na melhor e mais elogiosa acepção da palavra! Suas performances são entretíveis e suas músicas são uma coisa de outro mundo! Ela mistura a black music dos tempos antigos com alguns elementos de hip hop, pop, rock e diversos outros estilos musicais.



Seu álbum “The Archandroid” foi lançado em 2010 e foi um grande sucesso de crítica. Particularmente, agrada-me muito toda essa maluquice musical, porque não cansa e sempre proporciona boas canções como a dramática “Cold war”, a dançante “Tightrope”, a bela “Say you’ll go” e a mirabolante “Come alive”!


- Mayer Hawthorne
Conheci-o por ocasião das duas cantoras acima: Amy Winehouse esteve recentemente (no início de 2011) no Brasil e Janelle e Mayer foram responsáveis pelos shows de abertura. Pesquisei sua obra e fiquei encantada com a sonoridade gostosa de suas músicas!

O álbum “A strange arrengement”, de 2009, traz boas canções como “Let me know” (que poderia perfeitamente ter sido gravada pelos Isley Brothers ou pelos Four Tops, grupos da Motown), ou a deliciosa “Shiny and new” (soul music em sua melhor forma, lembra canções antigas de Barry White e Stevie Wonder), a animada “The ills” (lembra demais as canções agitadas dos Temptations, como It’s growing”) e a sensual (apesar da letra) “Just ain’t gonna work out”.



Mayer Hawthorne canta em tons agudos, e suas canções têm uma batida super agradável. Com certeza, é uma das melhores surpresas que tive ao procurar por boa música.


- Paloma Faith
Esta inglesa é considerada “a versão sóbria de Amy”, mas na verdade é mais que isso: Paloma tem um belo rosto, corpo, voz e um estilo muito próprio; ademais, seu trabalho é super inteligente e ela gosta de performances intensas.

Fiquei inteiramente fascinada pelo álbum “Do you want the truth or something beautiful?”, a começar pela proposta (que é fazer uma black music mais moderna, mas sem fugir da essência da Motown), sem mencionar a voz incrível de Paloma.



As canções são ótimas e todas muito únicas. Adoro o estilo descarado e irreverente de “Stone cold sober”, o charminho de “Stargazer”, a impetuosidade de “New York” e o estilão soul dramático de “Play on”, que dentre todas do álbum, leva o prêmio de “esta poderia muito bem ter sido gravada nos anos 60”.


- Sharon Jones and The Dap Kings
Ouvi dizer que a banda The Dap Kings é a que trabalhou com Amy Winehouse no álbum “Back to black”, e este motivo é mais que suficiente para me deixar interessada no projeto de Sharon Jones!

Sharon Jones é uma autêntica diva negra, dona de uma voz invejável. Ainda estou conhecendo seu trabalho, mas por enquanto já virei fã, graças ao álbum “I learned the hard way”, de 2010.

Se ao comentar sobre os artistas acima eu apontei uma ou duas canções que “poderiam muito bem ter sido gravadas nos anos 60”, eu devo dizer que “I learned the hard way” inteirinho poderia ter sido gravado nos anos 60!

Eu destaco as dramáticas “Mama don’t like my man” e “If you call”, nas quais Sharon dá um show de talento e interpretação. A primeira conta com vocais impressionantes e aquela guitarrinha de fundo presente em várias antigas canções de pop e doo wop, anunciadoras do rock’n’roll que estava prestes a nascer. Nesta segunda, em especial, ela lembra a grande Etta James.



Destaco ainda a faixa-título, que é a cara das girl groups dos anos 60; “Give it back”, “The reason”, “I’ll still be true”... Ah, todas!! Não há palavras para descrever. Eu poderia fazer uma playlist repleta de Temptations, Marvelettes, Four Tops, Otis Redding, e jogar Sharon Jones and The Dap Kings no meio e nem faria diferença – ninguém saberia determinar qual das canções foi gravada em 2010 e qual foi gravada em 1964.


Outros artistas cuja obra conheço pouco, mas já gosto:

- Adele
Conheci Adele na mesma época de Amy e Duffy, ou seja, era a época perfeita para uma cantora como ela despontar no cenário musical. Inicialmente não dei tanta importância, embora soubesse de sua bela voz e de seu repertório. Recentemente é que Adele voltou a chamar minha atenção, com seu novo single “Rolling in the deep”, que está em primeiro lugar em vários países.

Logo tratei de conhecer seu novo álbum, “21”, e estou muito impressionada! A moça canta demais, e as canções são belíssimas, românticas, sensíveis e bem produzidas. Neste ínterim, destaco as apaixonadas “One and only”, “Lovesong”, “Someone like you”. No mais, todas lembram as grandes divas dos anos 60.





- Lucky Soul
Trata-se de uma banda independente que conheci por acaso e, quando vi que também se inspirava na Motown, quis logo conhecer. Gostei muito do álbum “A coming of age”, de 2010. A mistura de pop, rock e black music me interessa. Destaco as nostálgicas (sonoramente falando, é claro) “Ain’t nothin’ like a shame” e “Could it be I don’t belong any”. Do álbum de 2007, "The great unwanted", destaco a faixa-título e a belíssima "Baby I'm broke".
Destaque também para a vocalista, dona de uma voz toda meiga e dengosa.




- Natalie Williams
Esta é outra cantora com uma linda voz que descobri por acaso, nem me lembro como, e me agradou de cara. Seu estilo é soul music e lembra outras jovens artistas como Corinne Bailey Rae e India Arie. Gostei muito do álbum “Secret garden”, de 2006 – algumas canções, inclusive, me lembram algumas do álbum “Mind, body and soul”, de Joss Stone. Aliás, já que falei nele...






- Joss Stone
O único álbum que conheço de Joss é o segundo, “Mind, body and soul”, e eu o adoro! Em geral, é bem pop, com notáveis influências da black music sessentista, soul music e até reggae (como em “Less is more”). A minha favorita é “Torn and tattered”, mas não posso deixar de citar “Jet lag”, “Killing time”, “Right to be wrong” (fez sucesso no Brasil), “Snakes and ladders”, Don’t you wanna ride” e “Understand”.


- Jessie J e Pixie Lott
Nem sei se é correto citar estas duas jovens cantoras nesta ocasião, pois que a música que elas fazem é propriamente pop, mas há evidentes traços de black music em suas obras – a começar pelas vozes potentes e rasgadas das moças. Se alguém tem alguma dúvida disso, sugiro que escute “Casualty of love”, de Jessie J, e “Cry me out”, da Pixie.





Dois outros artistas que têm feito black music de qualidade são o rapper B.o.B. e a cantora Teedra Moses, que canta um rhythm and blues bastante gostoso – entretanto, a intenção era apenas mencionar os artistas que trazem de volta aquela agradável sensação que temos ao ouvir clássicos como “Will you love me tomorrow”, “What’s going on”, “Chain of fools”, “My girl”, “Stop in the name of love”, e tantos outros que fizeram história!