quarta-feira, 21 de setembro de 2011

"Two and a half men" sem Charlie

Eis que, na segunda feira (19/09), foi ao ar nos Estados Unidos o primeiro episódio da nona temporada da popular e divertidíssima série "Two and a half men", também o primeiro com a ausência de Charlie Sheen, ator que interpretava o papel do protagonista. As expectativas eram altíssimas, pois grande parte dos fãs considerava Charlie (o personagem é homônimo do ator) a alma da série, e não apostava que Ashton Kutcher (novo ator contratado) pudesse suprir o vazio que ele deixaria.
Pois bem, o episódio rendeu à série a sua maior audiência de todos os tempos; por outro lado, de fato, muitos dos fãs e telespectadores ficaram insatisfeitos, e ecoam por toda a Internet lamentos de "não tem graça sem o Charlie", "a série nunca mais será a mesma" e afins.

Particularmente, adorei o episódio. Dei muitas risadas. O novo elo acrescido à trama casou bem, Ashton fez bem seu papel, trabalhou com competência e, se tudo continuar no mesmo ritmo, o espaço deixado pela ausência do protagonista será facilmente ocupado por outras situações novas, tão engraçadas quanto as que envolviam-no, porém, sem a pretensão de querer fazer com que tudo pareça uma nova versão do que se foi.

Em suma, posso dizer que o novo "Two and a half men" ainda é o velho "Two and a half men", apesar de realmente dimanar aquela sensação de que Charlie irá aparecer a qualquer momento. Porém, o fato de um episódio ter funcionado (olhem bem, não estou dizendo que foi um episódio melhor, disse apenas que funcionou) sem ele é uma prova de que a grande graça está mesmo na própria essência da série, e não em um ou outro personagem especificamente, embora as particularidades de cada personagem contribuam fundamentalmente para o sucesso de tudo. É, ainda, uma prova do talento dos roteiristas da série, responsáveis pelos diálogos rápidos e inteligentes e as piadas gozadíssimas que todos os telespectadores adoram.


Devo dar créditos também ao talento de Jon Cryer, ator que representa Alan Harper. Recairá sobre ele a responsabilidade de manter o interesse dos fãs menos otimistas com o futuro da série, e acho que ele se sairá extremamente bem neste papel.


E, falando em responsabilidade, devo ainda dizer que admiro Ashton Kutcher pela coragem de ter aceito este encargo. Certamente ele está embolsando uma generosíssima quantia por isto, mas ainda assim, não se pode negar que trata-se de uma responsabilidade e tanto. Telespectadores do mundo inteiro criaram enormes expectativas em torno dele. É preciso muita coragem e humildade para aceitar estar nesta posição e ter tantas pessoas julgando-no, e algumas até mesmo torcendo por seu fracasso.


Entretanto, não foi, a meu ver, um fracasso. Gostei do que vi, e não fiquei surpresa em ter gostado do episódio. Não nego que senti falta de Charlie, mas sentir falta é diferente de sentir saudade (como uma frase deste tipo seria traduzida para o inglês?). O que sempre me encantou em "Two and a half men" - já disse isso antes aqui no blog - foram justamente o humor, as tiradas cômicas, o contexto. 

O trunfo da série é o próprio enredo, que dá ensejo a situações engraçadas; são as próprias situações. Não é só Charlie, só Alan, ou só Jake; mas todos os personagens; todas as situações, tudo. Em um contexto propício, as piadas vêm de todos os lados, e não só do grande protagonista.

Curioso atestar que, em todas as redes sociais e sites de críticas de séries, a maior parte das pessoas que se mostram frustradas com a ausência de Charlie é composta de homens. A maioria dos comentários pessimistas, dizendo que a série está chata e nunca mais será boa como foi, parte de homens. É compreensível. Charlie representava tudo aquilo que um homem gostaria de ser: levava uma vida tranquila, tinha uma casa na praia e nunca lhe faltavam parceiras sexuais. Bebida e mulheres eram seu passatempo e seu vício, e ele nunca se sentia culpado ou envergonhado de ser o que era. Charlie era "o cara", na visão dos telespectadores masculinos. Uma vez ele estando ausente, estes telespectadores sentiram-se praticamente órfãos: onde está o grande Charlie, o ídolo? 

Os homens querem ser Charlie. Identificavam-se com "Two and a half men" porque viam em Charlie tudo aquilo que eles sonham ser. Agora que Charlie não se faz mais presente, perderam o elo de identificação e de afinidade com a série. 

Tanto isto é verdade que, por volta da sétima e da oitava temporada, em que Charlie mostrava-se um pouco mais sentimental e até filosófico a respeito de si mesmo e do seu próprio estilo de vida, os fãs homens passaram a gostar um pouco menos dele. Preferem-no bonachão, "fodão", bêbado e rodeado de mulheres.

E por falar em mulheres, percebi que elas foram mais receptivas a Walden, personagem de Ashton Kutcher. Claro que o fato de ele ser muito bonito influencia, todavia, creio também que os outros fatores são: não ter tantos motivos para sentir falta de Charlie (conforme dito nos parágrafos anteriores, os homens é que terão motivos para tal); e o fato de o novo personagem ser um homem que possui sentimentos e expressa-os. 

A idéia de um personagem romântico e sensível agrada as fãs mulheres, mas constitui também o oposto exato de Charlie, ou seja, é tudo que os fãs homens não querem ver. Sobretudo quando o personagem já chega na série sofrendo por uma mulher, o que aumenta nos indivíduos do sexo masculino a sensação de "perderam seu herói", e, pior ainda, perderam-no por um homem que se deixa pisar pela garota que ama. Certamente os telespectadores masculinos de "Two and a half men" não terão mais um personagem a quem possam venerar. Em contrapartida, as telespectadoras femininas devem afeiçoar-se a Walden.

Resta saber se esta fração feminina será suficiente para manter a popularidade da série, da qual depende a própria sobrevivência da mesma. 

Entretanto, independente do gênero do telespectador, agradaria-me que assistisse a nova temporada com uma cabeça mais aberta. Toda série necessita de um pouco de renovação às vezes, e a própria "Two and a half men" deve ser vista com novos olhos porque não pode mais ficar atada a preceitos que pertenciam à sua premissa original - Jake, por exemplo, sequer se encaixa no conceito de "half men", pois já é um homem feito. Por que não, então, tentar aceitar que a nona temporada terá elementos novos, e simplesmente divertir-se com isto? Afinal, embora muito tenha mudado com a saída de Charlie, "Two and a half men" não deixou de ser uma série de comédia; ou seja, a sua essência continua a mesma.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Sonhos são apenas um plus... O grande barato é mesmo viver

A vida já é suficientemente boa pelo fato de termos apenas o necessário para vivermos bem. Quando temos a oportunidade de realizar um grande sonho, aí sim é que percebemos o quanto nossa vida é absurdamente boa.

Há pessoas que só vêem sentido na vida quando conseguem grandes façanhas, pessoas que precisam de grandes realizações para sentirem-se vivas e felizes - todo o restante do tempo mal é considerado "viver", mas apenas "sobreviver". Não é o meu caso.

Eu sou feliz com as coisas mínimas. E não é porque eu me contento com pouco, mas simplesmente porque não acho que o que eu tenho seja pouco. Eu tenho saúde, família, amigos, um grande amor, trabalho, estudo, um lugar para morar, alimento, imaginação, e de vez em quando até algumas horinhas por dia para assistir um programa de TV e/ou acessar a Internet. É mais do que suficiente para ser feliz, não?

Estou ciente de que só consigo ser feliz com a rotina porque minha rotina é boa. Certamente não é possível ser feliz quando não se tem nem o básico para viver. Mas eu tenho: eu tenho o básico e muito mais. Por que então ficar procurando insatisfação onde não há? Minha vida é boa como é, e a cada dia que passa fica melhor, porque das próprias coisas que fazem parte dela, vou guardando o necessário para construir meu futuro; que provavelmente também não será magnífico, mas será bom, e isso é ótimo!

Sempre tive alguns sonhos, alguns planos, coisas mais difíceis de serem conseguidas, mas nada que me causasse frustração caso eu não conseguisse alcançar. 

Como eu disse, só a realidade já é suficiente para me contentar. Agora, então, que estou tendo a oportunidade de realizar um sonho antigo, sinto-me mais afortunada que nunca. Já sou bastante grata por ter uma vida comum... Poder extravasar essa linha que existe entre o mínimo necessário para o bem estar, e as fantasias possíveis porém distantes da realidade, é motivo mais do que digno para sentir que minha vida é maravilhosa. 

Ser feliz é menos complicado quando se tem uma idéia menos utópica de felicidade. Uma vida inteira não pode ser justificada por algumas horas ou dias de êxtase e intensidade; a felicidade de uma vida inteira consiste, justamente, em apreciar as delícias do dia a dia. Assim, quando os momentos raros de alegria intensa vierem, aquela felicidade que sempre existiu dentro de nós vai somente ser maximizada - e assim, não haverá um único momento na vida em que não nos sentiremos felizes. E quem é que não quer ser sempre feliz?

Creio que a receita aplicativa a qualquer ser humano seria algo como o nome daquela música da banda King Crimson: "Ser feliz com aquilo que se tem para ser feliz". 

Obrigada, Senhor, pela fantástica vida que eu tenho. Obrigada, também, pela oportunidade de realizar um grande sonho. 

"O prazer pode apoiar-se sobre a ilusão, mas a felicidade repousa sobre a realidade."

(Roch-Chamfort)



E obrigada, Senhor, por entender esta lição!

Ser amado é não precisar pedir perdão

Lembro-me de ter assistido a um capítulo da novela "Alta estação", exibida na Rede Record em 2004, em que as personagens discutiam sobre o significado da famosa frase do filme "Love story", de 1970: "Amar é nunca ter que pedir perdão". 

Uma das personagens, não me lembro exatamente qual, interpretou essa frase no sentido de que duas pessoas que se amam devem sempre compreender os erros que cometem, e por isto, não seria necessário pedir perdão uma à outra, pois já se esperaria ser compreendida.


Já a protagonista da novelinha, Bárbara (interpretada por Ariela Massoti), entendeu a frase de uma maneira diferente, e defendeu que quem ama verdadeiramente deve se esforçar para nunca fazer algo pelo qual depois precise pedir perdão. 


Achei as duas teorias válidas, e sinceramente, até hoje não formei a minha própria opinião. 


A primeira interpretação coaduna com a ideia que eu faço do perdão de Deus - que, na verdade, não existe; Deus não precisa nos perdoar, pois nada que fazemos chega a magoá-lo; falei sobre isso mais detalhadamente em um outro texto aqui no blog.



A segunda é também bastante interessante, e vai ao encontro de várias máximas nas quais acredito, e princípios que informam a Doutrina Espírita, tais quais: a lei de evolução, a lei de amor, a caridade moral, além de, é claro, o segundo mais importante postulado do cristianismo: "Amai ao próximo como a ti mesmo".


Todavia, ao analisar uma das relações de minha vida, com uma pessoa muito querida, percebi que a minha interpretação pessoal da famosa frase já está formada há muito tempo, e sempre convivi com ela, ainda que só agora tenha percebido.


Nossa relação é de um amor inato e incalculável, daquele tipo em que as pessoas se entendem com simples olhares. Aliás, "simples" é um adjetivo usado por pura força de expressão, pois quem já está nesse nível de intimidade sabe que os olhares trocados não são simples. São, isso sim, emissores de um código criado ao longo de anos de convívio e carinho; ou até mesmo de uma linguagem congênita a ambos e que a priori nenhum dos dois sabe determinar como foi construída, mas que sabemos que remonta aos laços estreitados durante várias encarnações.


Pois bem; tamanha privança e bem querer faz com que duas pessoas tornem-se mais resistentes às desavenças que porventura surgem. O relacionamento entre elas, por maior que seja o amor, não está imune às más venturas, mas está significativamente mais resistente, a ponto de não se deixar afetar tanto por elas. 


Em uma relação que já se encontra neste patamar, discussões e mal entendidos produzem efeito tão pequeno que mal chega a ser necessário fazer uso da palavra "perdão".


O ato de perdoar sinceramente está intrinsecamente ligado ao amor, à compreensão, à caridade e à tolerância. Quem ama verdadeiramente, perdoa. E quem sabe que é amado desta forma nem sempre precisa pedir perdão.

Então, creio que a frase imortalizada pelo filme ficaria mais correta se fosse assim: "Ser amado é nunca ter que pedir perdão". Afinal, amar é perdoar sempre.




"Perdão é requisito essencial no erguimento da libertação e da paz. Habituamo-nos a pensar que Jesus nos teria impulsionado a desculpar "setenta vezes sete vezes" unicamente nos casos de ofensa à dignidade pessoal ou nas ocorrências do delito culposo, entretanto, o apelo do Evangelho nos alcança em áreas muito mais extensas da vida.

Se somamos as inquietações e sofrimentos que infligimos a nós mesmos por não perdoarmos aos entes amados pelo fato de não serem eles as pessoas que imaginávamos ou desejávamos fossem, surpreenderemos conosco volumosa carga de ressentimento que nada mais é senão peso morto, a impelir-nos para o fogo inútil do desespero. Isso ocorre em todas as posições da vida.
Esquecemo-nos de que nenhum ser existe imobilizado, que todos experimentamos alterações no curso do tempo e não relevamos facilmente os amigos que se modificam, sem refletir que também nós estamos a modificar-nos diante deles. Casamento, companheirismo, equipe, agrupamento e sociedade são instituições nas quais é forçoso que o verbo amar seja conjugado todos os dias."

(Da lição "Perdão e vida", retirado do livro "Indulgência", de Emmanuel, e psicografado por Chico Xavier)

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Playlists: as trilhas sonoras de nossa vida

Tenho uma verdadeira paixão por fazer seleções de músicas. Este é um hábito que possuo há muito tempo: sempre adorei montar trilhas sonoras para as peças de teatro da escola, selecionar uma série de baladinhas gostosas para dormir, ou escolher as músicas que iriam tocar na festa de um amigo ou parente.

Outra coisa que sempre adorei fazer é selecionar canções e deixá-las tocando enquanto realizo alguma atividade, estudo ou trabalho. 

E o mais interessante é que as canções, por mais diferentes que sejam, acabam guardando alguma conexão entre si, e o conjunto de todas elas acaba marcando aquele dia, aqueles momentos que eu passei escutando-as. Assim, sempre que ouço uma ou duas canções que fizeram parte daquela playlist, lembro-me daquele dia.

Acho isso tão legal que acabei adquirindo outro costume: salvar minhas playlists, para poder  revê-las depois, e tentar me recordar da forma como eu me sentia no dia em que montei a seleção. 

E como o espaço deste blog é destinado à postagem de coisas que pretendo eternizar, resolvi compartilhar aqui algumas das minhas últimas e/ou mais marcantes playlists... Pelo menos até onde me lembro e até onde tenho registros!


Vai ser legal poder acompanhar estes registros, pois várias vezes as canções da lista acabaram me inspirando a escrever alguns textos aqui para o blog, como será possível ver... Porém, provavelmente, quem analisar as playlists não conseguirá entender o motivo de tais canções estarem juntas - até porque meu gosto musical é bastante diversificado, e eu gosto de misturar ritmos, apesar de que há dias em que estou mais para um que para outro -... Mas não importa... Quem sabe um dia eu explique aos meus filhos...


13/12/2010

Blake Shelton - Who are you when I'm not looking
Shania Twain - Wanna get to know you that good
Taylor Swift - Mine
Nicolette Larson - Lotta love
Selena Gomez - A year without rain
Jessica Simpson - Who we are
Glee Cast - I'll stand by you






25/02/2011

Mayer Hawthorne - Make her mine
Adele - Lovesong
Janelle Monaé - Say you'll go
Lucky Soul - Ain't nothing but a shame
Lucie Silvas - A woman should
Sharon Jones and The Dap Kings - Mama don't like my man
Pixie Lott - Nothing compares


09/03/2011


Guy Sebastian feat. Eve - Who's that girl
Jennifer Lopez - Louboutins
Jessie J feat. B.o.B. - Price tag
Adele - Rolling in the deep
Selena Gomez - Who says
M2M - Everything
The Saturdays - Vulnerable
Glee Cast - Silly love songs
Eli 'Paperboy' Reed - Pick a number
Paloma Faith - New York
Far East Movement feat. Ryan Tedder - Rocketeer 


21/08/2011
Aloe Blacc – I need a dollar

Supremes – Baby I need your loving

Eli Paperboy Reed – Young girl
Aloe Blacc – Loving you is killing me

Eli Paperboy Reed – Time will tell
Aretha Franklin – Ain’t no way
Eli Paperboy Reed – Help me
Aretha Franklin – People get ready
Supremes – A hard day’s night
Supremes – You’ve really got a hold on me
Etta James – All I could do was cry
Joss Stone & Melissa Etheridge – Cry baby/ Piece of my heart
The Exciters – Tell him
Joan Armatrading – The weakness in me
Semisonic – FNT
Sister Hazel – Your winter
The Last Goodnight - Pictures of you
Kate York – My best friend
John Legend – Rolling in the deep
Fitz and The Tantrums – Winds of change
Adele – Set fire to the rain
Michael Jackson – I hear a symphony
Adele – One and only
Stevie Wonder – My world is empty without you
Dinah Washington – Where are you
Amy Winehouse – Some unholy war
The Marvelettes – Forever
Mayer Hawthorne – Let me know
Lou Rawls and Dianne Reeves – At last
Etta James – Loving arms
The Royalettes – It’s gonna take a miracle
Mayer Hawthorne – Just ain’t gonna work out
Quincy Coleman – Afraid
Christian Bautista – I want to be the one
Bluebow – All you are
Mates of State – Now
Emilie Mover – Ordinary day
Mayer Hawthorne – The ills
Fitz and The Tantrums – Pickin’ up the pieces
Fitz and The Tantrums – Breaking the chains of love
Eli Paperboy Reed – Teel me what I wanna hear
Aloe Blacc – Life so hard
Monique Maion – Baby Jane
Natalie Williams – Settle the score
Marina and The Diamonds – Girls
Delphic – Submission
Duffy – Don’t forsake me
The Blade – Beast 





25/08/2011


Foo Fighters – All my life


Audioslave – Shadow of the sun


Avenged Sevenfold – So far away

 Bush – Swallowed 







28/08/2011


Lee Field and The Expressions – Ladies

Lee Field and The Expressions – Money is king

Oh Land – Perfection
Oh Land – White nights


04/09/2011

Rihanna – P.S. I’m still not over you
Rihanna – A million miles away
Selena Gomez – Bang bang bang
Victoria Justice – You’re the reason
JoJo – Disaster
Demi Lovato – Skyscraper
Manu Gavassi – Planos impossíveis
Jessie J – Domino
Black Cards – Dominoes





Dinah Washington – You don’t know what love is
Dinah Washington – Make the man love me
Dinah Washington – Don’t let the sun catch you crying
Dinah Washington – Tell love hello
Dinah Washington – September in the rain
Dinah Washington – Lord, you made us human
Dinah Washington – This I promise you
Dinah Washington – I’m in heaven tonight



Jay Sean – Say yeah
Jason Derulo – Make it up as we go
Marc Anthony feat. Pitbull – Let it rain
Cobra Starship – You make me feel
Rihanna – Cheers
Nicki Minaj – Super bass 



The Drums – I don’t know how to love
The Drums – Money
The Drums – Days
The Drums – Hard to love
The Drums – Book of stories
The Dreams - I wanna go surfing
The Drums – Down by the water
The Drums – I need fun in my life
The Drums - Searching for heaven



Pretty Reckless – You
Pretty Reckless – Just tonight
Elin Lanto – Alien
Asa – Why can’t we
Asa – My man
The Pierces – It will not be forgotten
The Ting Tings – Great DJ
The Ting Tings – Fruit machine


05/09/2011

Ellie Goulding – Under the sheets
Morcheeba – Blood like lemonade
Five for Fighting – Chances
Christian Bautista – I want to be the one
Lil' Wayne - How to love
Bad Meets Evil feat. Bruno Mars - Lighters


06/09/2011

Drive-by Truckers – Everybody needs love
Drive-by Truckers – Mercy buckets
Drive-by Truckers – Where’s Eddie
Drive-by Truckers – The weakest man
Drive-by Truckers – Used to be a cop
Drive-by Truckers - I do believe






07/09/2011

Janelle Monaé – Cold war
Nicki Minaj feat. Drake – Moment 4 life
Nicki Minaj - I'm the best
Nicki Minaj feat. Rihanna - Fly
Nicki Minaj - Your love
Nicki Minaj - Dear old Nicki
Nicki Minaj - Girls fall like dominoes
Keri Hilson – Energy 

The Like - Release me
Train - If it's love
Kim Taylor - Days like this
Juliana R. - Desde que cheguei
Rox - My baby left me
Sick Puppies - Rip tide


E já que estou fazendo isso, vou deixar registradas aqui também algumas seleções de músicas que gravo em CDs para ouvir no carro... 

Atual playlist a tocar no meu carro (este CD foi gravado em janeiro de 2011):

The Drums – Best friend
Alex Band – What is love
Alex Band – Please
Lucky Soul – A coming of age
Lucky Soul – Baby I’m broke
Lucky Soul – Could be I don’t belong
The Like – Release me
The Like – Catch me if you can
The Like – Walk of shame
Ghostland Observatory – Sad sad city
Brava – Aprendi sozinha
The Blade – Beast
Binocular – You
Binocular – Wait until
Binocular – Gone away
Binocular – Deep
Amy Jo Johnson – Puddle of grace
Hurts – Stay
Matchbox 20 – Bright lights
Pancho’s Lament – Little angels


Playlist de rock que eu estava ouvindo em meu carro no início de agosto (CD gravado no primeiro semestre de 2009!):

Alex Band - Tonight 
Creed - One
Rob Thomas - Her diamonds
Bush - Glycerine
The Calling - When it all falls down
David Cook - Life on the moon
Audioslave - I am the highway
Hinder - By the way
Binocular - Maybe you're gone
Alastair Binks - One fine day
Red Hot Chili Peppers - Dosed
Oasis - Live forever
The Cranberries - Just my imagination
No Doubt - Stand and deliver
Alanis Morissette - You oughta know


Playlist de músicas pop que gravei em junho deste ano:

Glee Cast - Sing
Jennifer Lopez - What is love?
Glee Cast - As if we never said goodbye
Foreigner - Waiting for a girl like you
Chris DeBurgh - So beautiful
Ruban - Cinderela
Jack Johnson - Breakdown
Glee Cast - Jar of hearts
Glee Cast - Rolling in the deep


Playlist de canções latinas que gravei em setembro de 2009:

Ana Barbara - Enseñame a olvidar
Eric Rubin - Dejame
La Quinta Estación - El amor no duele
Lynda - Corazón perdido
Lynda - Un grito en el corazón
Soraya - Como sería
Sin Bandera - Si me besas
Kudai - Ya nada queda
Shakira - Que me quedes tú
Juanes - A Dios le pido
Makano - Te amo
RBD - Algun día
Ricky Martin - Te extraño, te olvido, te amo
Enrique Iglesias - Experiencia religiosa

Eu deixo esses CDs no carro e vou colocando-os para tocar conforme o meu humor... E eles ficam por semanas e semanas, até eu enjoar e colocar outro.
Cada seleção de músicas assume um significado especial... Eu consigo me recordar exatamente da ocasião em que ouvi cada uma! Vou guardando lembranças em músicas e colecionando recordações... Daqui alguns anos poderei reviver tudo novamente, por meio de um simples play.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Moment 4 life


"'I wish that I could have this moment for life... 'Cause in this moment I just feel so alive."
("Moment 4 life", Nicki Minaj)



Essa é a sensação que eu adoro, e ela é rara. Quando ela vem, ignorá-la seria como fechar as persianas em um dia de sol e brisa. Não posso desperdiçá-la. Esperei muito para sentir isso outra vez.

"'Cause I'm in love with this feeling..."
("Yeah 3X", Chris Brown)


Gostaria de poder congelar este momento, e fracioná-lo à minha maneira. Gostaria de ter controle sobre a forma como me sinto. Gostaria de armazenar esta sensação e guardá-la para poder usá-la quando quisesse.

Mas não posso. 

Assim como não tenho poder imediato sobre o clima ou sobre a natureza, apenas posso esperar que as circunstâncias me favoreçam, ou, no máximo, basear-me nos elementos que indicam quando é que isto pode acontecer novamente. Mas esperar por uma visita que não tem hora marcada para chegar é um desperdício do meu tempo. 



"O homem incoerente não procura saber se possui o menos para a vida eterna, porque está sempre ansioso pelo mais nas possibilidades transitórias."
(Trecho da lição "Contentar-se", retirada do livro "Caminho, verdade e vida", de Emmanuel, psicografado por Chico Xavier)

Não posso contar com esta situação. Eu não sou estúpida: não marco compromissos em datas que não existem no calendário. Estrelas cadentes me fascinam, mas preciso de um meio mais certeiro de fazer com que meus anseios sejam realizados. 

O que me resta senão contentar-me com a beleza da quotidiana paisagem do céu que eu tenho todos os dias? É bela, sim. E quando eu tiver notícia do cometa... O que me resta senão aproveitar ao máximo a passagem dele?


"Don't let's ask for the moon... We have the stars."

"Não peçamos pela lua... Nós temos as estrelas."

(fala da personagem de Bette Davis no filme "Now, voyager")

Vitórias e fracassos: o fardo de cada um

"Quantas vezes eu mesmo, que rio de tais seduções da distração, me encontro supondo que seria bom ser célebre, que seria agradável ser ameigado, que seria colorido ser triunfal! Mas não consigo visionar-me nesses papéis de píncaro senão com uma gargalhada do outro eu que tenho sempre próximo como uma rua da Baixa. Vejo-me célebre? Mas vejo-me célebre como guarda-livros. Sinto-me alçado aos tronos do ser conhecido? Mas o caso passa-se no escritório da Rua dos Douradores e os rapazes são um obstáculo. Ouço-me aplaudido por multidões variegadas? O aplauso chega ao quarto andar onde moro e colide com a mobília tosca do meu quarto barato, com o reles que me rodeia, e me amesquinha desde a cozinha ao sonho. Não tive sequer castelos em Espanha, como os grandes espanhóis de todas as ilusões. Os meus foram de cartas de jogar, velhas, sujas, de um baralho incompleto com que se não poderia jogar nunca nem caíram, foi preciso destruí-los, com um gesto de mão, sob o impulso impaciente da criada velha, que queria recompor, sobre a mesa inteira, a toalha atirada sobre a metade de lá, porque a hora do chá soara como uma maldição do Destino. Mas até isto é uma visão improfícua, pois não tenho a casa de província, ou as tias velhas, a cuja mesa eu tome, no fim de uma noite de família, um chá que me saiba a repouso. O meu sonho falhou até nas metáforas e nas figurações. O meu império nem chegou às cartas velhas de jogar. A minha vitória falhou sem um bule sequer nem um gato antiquíssimo."
(Trecho do "Livro do desassossego", de Bernardo Soares, heterônimo de Fernando Pessoa)


Aceitar que a vida foi boa para nós não implica, necessariamente, em admitir que não merecemos todos os créditos que recebemos. Humildade e modéstia são de muito bom tom no momento de receber aplausos, mas ser humilde e modesto não consiste em não sentir-se digno daquilo que se recebe.

Se as circunstâncias da vida fazem de nós pessoas supostamente "privilegiadas" (as aspas serão justificadas no próximo parágrafo), por termos conosco pessoas ou coisas especiais, com as quais sempre podemos contar e às quais devemos muitas de nossas vitórias, não é por outro motivo senão merecimento próprio.

Não existem sortudos ou azarados, afortunados ou desgraçados: o que existe é a colheita de cada um, de acordo com aquilo que é semeado.

Por isto, se nesta vida todas as situações sempre nos foram muito favoráveis, e com base nelas galgamos honestamente os nossos degraus rumo ao topo, não é preciso sentirmo-nos culpados.

Todavia, em nem todos os aspectos da vida somos beneficiados com situações que já nascem tendenciosas ao triunfo - há, para todos, o lado fácil e o lado difícil da vida. Neste último, sentiremos um grande contraste, em relação ao primeiro.

Se, em algumas ocasiões, tudo parece agir em nosso favor, em outras, a impressão que temos é que tudo foi planejado visando o nosso fracasso. 

Nestas horas é que devemos nos lembrar de que Deus nunca coloca em nossos ombros fardos mais pesados do que eles podem suportar. Somos capazes de sairmos vitoriosos de qualquer situação que nos seja infligida. 

Por isto é que não se pode avaliar pelos mesmos critérios a vitória de cada ser humano. Cada um vem de um contexto diferente, cada um carrega consigo as marcas deixadas pelos eventos que fazem parte de sua história, cada um se encontra em um grau de amadurecimento. Em comum, há o fato de que todos têm o que merecem. Em um momento ou outro, todos colhem seus louros.

E assim, cada um de nós realiza sua marcha, cada qual a seu ritmo, cada um com suas medalhas no pescoço e suas cruzes nas costas.

Que saibamos, portanto, receber os devidos aplausos, sem nos autodepreciarmos, mas também, sem vaidade; sem olhar altivo, julgando-nos acima dos outros, nem baixo, julgando-nos menor do que todos; e sim, com um olhar direto, cabeça erguida, olhando pra frente, cientes da longa caminhada que ainda temos pela frente. Não deixemos que o êxito momentânea esvaeça a nossa visão do trajeto a ser percorrido! 

E, outrossim, que saibamos também recepcionar as provas e expiações que se apresentarem diante de nós, da mesma forma: com humildade, de cabeça erguida, sem nos autoflagelarmos, cientes de que tudo que nos acontece é em razão de nosso merecimento, mas também cientes de que dispomos de todo o necessário para superar as adversidades e conseguir, enfim, sermos felizes. 

E melhor do que eu para falar sobre as dificuldades da vida, e o merecimento de cada um de nós, só mesmo Emmanuel, na psicografia perfeita de Chico Xavier, em lição do livro "Segue-me!":



O FARDO

“Cada qual levará a sua própria carga.”
Paulo. (Gálatas, 6:5)

Quando a ilusão o fizer sentir o peso do próprio sofrimento, como sendo opressivo e injusto,
recorde que você não segue sozinho no grande roteiro.
Cada qual tolera a carga que lhe pertence.
Fardos existem de todos os tamanhos e feitios.
A responsabilidade do legislador.
A tortura do sacerdote.
A expectativa do coração materno.
A criança sem ninguém sofre seu pavor.
A indigência do enfermo desamparado.
O pavor da criança sem ninguém.
As chagas do corpo abatido.
Aprenda a entender o serviço e a luta dos semelhantes para que não te suponhas vítima ou herói
num campo onde todos somos irmãos uns dos outros, mutuamente identificados pelas mesmas
dificuldades, pelas mesmas dores e pelos mesmos sonhos.
Suporte com valor o fardo de tuas obrigações valorosamente e caminha.
Do acervo de pedra bruta nasce o ouro puro.
Do cascalho pesado emerge o diamante.
Do fardo que transportamos de boa vontade procedem as lições de que necessitamos para a vida
maior.
Dirás, talvez impulsivamente: -“E o ímpio vitorioso, o mau coroado de respeito, e o gozador
indiferente? Carregarão por ventura, alguma carga nos ombros?”.
Responderemos, no entanto, que provavelmente, viveram sob encargos mais pesados que os
nossos, de vez que a impunidade não existe.
Se o suor alaga sua fronte e se a lágrima lhe visita o coração, é que a tua carga já se faz menos
densa, convertendo-se, gradativamente, em luz para a sua ascensão.
Ainda que não possas marchar livremente com o teu fardo, avança com ele para a frente, mesmo
que seja um milímetro por dia...
Lembra-te do madeiro afrontoso que dobrou os ombros doridos do Mestre. Sob os braços duros
no lenho infamante, jaziam ocultas asas divinas da ressurreição para a divina imortalidade.

domingo, 4 de setembro de 2011

Sonhos, medo de ser feliz e autosabotagem

Oscar Wilde dizia: "A gente sempre destrói aquilo que mais ama". E é verdade. A simples possibilidade de conseguir o que deseja faz com que a alma do homem comum encha-se de culpa. 
(Paulo Coelho)


Deixe-me ler seus pensamentos. Deixe-me entender o que se passa com você, e quem sabe assim, eu possa te desvendar e te ajudar a resolver isso.

"Onde estou errando?", você se pergunta.

Você diz que não entende porque as coisas se processam desta forma. Em sua imaginação, tudo corre tão bem: você visualiza a pessoa que quer ser, e consegue se sentir exatamente como deveria se sentir nas situações reais da vida. E a verdade é que você realmente tem tudo, dispõe de todos os elementos necessários para concretizar as coisas que deseja, mas quando chega o momento de fazer as coisas que ensaiou, falha. Não sente que falta nada, mas age como se faltasse. Talvez falte coragem. Ou será que falta vontade? 

Se quer minha opinião, o que acontece é que você criou um sonho perfeito, e o superprotege. Quer manter intocável esta utopia. Sabe que o seu sonho pode tornar-se realidade, mas tem tanto medo disso, que quando sente que está na iminência de acontecer, inventa um subterfúgio, e sabota a situação.

Você tem medo de que tudo corra bem demais, de que a realidade seja maravilhosa demais. É mais do que você pode aguentar. Prefere manter em sua cabeça a idéia do sonho perfeito, intacto, inalcançável. Não importa quão perto você esteja de atingi-lo: no fim das contas, você nunca chega lá - e por mais que não saiba ou não queira admitir, é você mesmo quem se boicota. 

Você está tão acostumado a contentar-se com pouco que, quando surge a oportunidade de enfim vivenciar plenamente algo que está um nível acima do habitual, você finge que a situação não é perfeita para isso. Quem está com você nem nota: acha que é o máximo que você pode dar, o melhor que consegue fazer. Mas você, só você, lá no seu íntimo, sabe que pode muito mais. Só você tem noção do potencial que essa situação tem. Sabe perfeitamente o quanto tudo pode ser ainda melhor... E só não é porque você tem tanto medo de enfrentar isso!

"A autonomia, a independência e o sucesso são apavorantes para algumas pessoas porque indicam que elas não poderão mais argumentar que suas necessidades precisam ser protegidas"
(Stanley Rosner, autor do livro "O ciclo da autosabotagem")

Tendo um modelo de perfeição aí, guardadinho nos seus pensamentos, você sente que sempre estará seguro. Caso algum dia sofra ou se decepcione, sempre terá refúgio nas suas fantasias. Sempre contará com esse sonho para te distrair e te alegrar, ou mesmo para te consolar, mostrando que um dia isso pode acontecer e a vida é mesmo bela, apesar do fato que magoou seu coração. 

Mas o dito "dia em que isso pode acontecer" já aconteceu pra você tantas vezes... E você deixou escapar. Deixando com que seu sonho se torne realidade, o sonho perde o status de sonho, e então, caso um dia a dor e a frustração cheguem, você sente que não terá mais o que te consolar.

Você tem medo da felicidade e também da dor, e só teme uma porque teme ainda mais a outra. Teme atingir um pico de felicidade grande o suficiente para trazer uma dor maior ainda quando o momento feliz passar. 

Mas, rodeado de tantos medos, você não percebe que está afastando a própria chance de ser feliz, e pior ainda, faz-lo enquanto busca abrigo na dor. Está sendo tão estúpido que, ao tentar evitar sofrer, está efetivamente sofrendo! 

Na tirinha, Lucy pergunta a Charlie Brown: - Como você pode ter medo de ser feliz?
E ele responde: - Porque quando eu fico feliz demais, algo ruim sempre acontece.



Deixe de ser tão rigoroso consigo mesmo. Abra as portas, deixe entrar o que tiver de entrar. Seja sofrimento, desgosto, alegria, prazer ou mesmo nada... Deixe vir! Deixe a vida correr um pouco. Não é preciso abandonar seus princípios, deixar de ser quem você é, tampouco passar a viver imoderadamente; simplesmente suavize. Deixe as coisas acontecerem, experimente-as, passe por elas, pois só assim você aprenderá a lidar com elas; para que um dia, finalmente, tenha entendimento e maturidade para saber do que é que você realmente deve tentar se proteger.