sábado, 26 de fevereiro de 2011

O que tenho ouvido ultimamente – Parte IV: Indie rock e artistas alternativos

Gosto de estar sempre atualizada com as novidades do mundo da música, checar os charts (paradas musicais) do Brasil e dos EUA, pesquisar pelo site da Billboard e tudo o mais... Mas de vez em quando também é bom fugir um pouco disso e ouvir música menos "badalada".

Recentemente descobri várias bandas de indie rock (rock independente) bem legais, e também outros artistas alternativos, que fazem um som bem interessante e original. Aqui vão alguns exemplos:

Ellie Goulding
Cantora inglesa muito boa, chegou a ganhar alguns prêmios na Inglaterra e ficou em primeiro lugar na lista da BBC "Som de 2010", mas não consegue tanto destaque na mídia... Faz um pop não muito convencional, com elementos eletrônicos e um quê de new wave. 
Recomendo o álbum "Bright lights", de 2010.





Marina and The Diamonds
Também a descobri na lista da BBC, na qual ela ficou em segundo lugar. Marina é galesa e tem ascendência grega. Segundo a própria BBC, "se uma jovem Liza Minelli estivesse estrelando um musical da Broadway que contasse a história da vida de Tori Amos, soaria como isto".
Assim como o pop de Ellie Goulding, o de Marina foge do lugar-comum e mescla música eletrônica, pop, black music e indie rock... É uma loucura, fica difícil descrever, mas é ótimo!






The Pepper Pots
Esta dica é pra quem gosta das girl groups dos anos 60, aquelas sobre as quais estou falando aqui no blog: The Ronettes, The Crystals, The Marvelettes, The Supremes, The Chiffons... 
As Pepper Pots fazem esse tipo de pop, bem melódico, girlie ("mulherzinha") e sessentista. Quem gosta da Motown vai adorar!


The Secret Sisters
Dupla americana cuja música tem base country, mas um tanto quanto folk também... Se bem que, ao escutá-las, não consigo pensar em nada além da música country de raiz - tanto que no primeiro álbum há até uma regravação de "Big river", do lendário Johnny Cash. Há também quem compare o som delas a Patsy Cline e June Carter (segunda esposa de Johnny Cash), e outras divas da música country.





Delphic
"Isto é o que teria acontecido se o New Order abraçasse o ambiente techno, ou se o Neil Tennant dos Pet Shot Boys tivesse passado um tempo em raves", é como a BBC descreve o som do Delphic, uma banda inglesa super legal que faz um som meio eletrônico, mas não necessariamente pop. Até agora, minha canção favorita é "Submission".




The Like
Não faço a menor ideia de como conheci as meninas do The Like, mas foram uma grata surpresa! Trata-se de uma banda de indie rock influenciada pelas girl groups dos anos 60, o punk rock dos anos 70, bem como outras bandas de rock com vocais femininos.  Todo o álbum "Release me", de 2010, é excelente.







Hurts
Esta dupla inglesa de synthpop nos remete ao new wave dos anos 80, como Tears for Fears e Pet Shop Boys, e faz canções que se destacam pela sensibilidade. Super recomendados! Algumas canções realmente são tão lindas que doem (como "The water" e "Stay", do vídeo abaixo), conforme sugere o nome do grupo.






Brava 
Até que enfim uma banda brasileira na lista! Pois bem, a banda Brava emplacou uma canção na trilha sonora de Malhação, "Todo mundo quer cuidar de mim", em 2004. Ela fez bastante sucesso e levou todo mundo a se perguntar se era Paula Toller, mas na verdade quem cantava era a filósofa carioca Paula Marchesini.
A banda Brava faz um pop rock bem legal, introspectivo, sentimental, com letras boas e melodias agradáveis. 





The Drums
Outra banda que descobri na lista da BBC "Som de 2010"... Os garotos do The Drums pegaram o quinto lugar, e me cativaram com seu som, que ora me soa como o rock cru do White Stripes (porém, um pouco menos agressivo); ora me soa como a new wave dos anos 80; e ora me soa como o surf rock dos anos 60, em especial as canções dos saudosos Beach Boys.
Enfim, todo o álbum de estréia é excelente, eu destaco "Best friend" (vídeo abaixo, faixa que abre o disco), "I need fun in my life", "Book stories", "Forever and ever Amen", "Down by the water"... Vale a pena conferir!





The Blade 
Mais uma banda brasileira, apesar do nome em inglês. Conheci essa banda paulista pelo orkut, e logo me interessei quando vi que o som deles era inspirado no rock dos anos 60, entre outros estilos musicais.
O The Blade permanece escondido e limitado ao cenário independente, então fica difícil ouvir falar deles, mas é possível baixar as canções por meio do site da banda, pelo link: http://www.theblade.com.br/musicas.html
Particularmente, gosto muito do álbum de 1997, "Rage", em especial da canção "Beast".




Binocular 
Okay, o som do Binocular nem é tão alternativo assim, é um pop rock bastante comercial, mas como ele nunca foi tão divulgados, incluí-o nesta lista. 
Na verdade, nem se trata de uma banda, mas sim de um único cantor e instrumentista, o americano Kevin Rudolf. Lançou um álbum maravilhoso em 2001, recheado de belíssimas canções como "You" (que fez parte da trilha sonora do seriado Smallville), "Wait until", "Gone away" e "Deep".




Em 2004 Kevin lançou, ainda sob o pseudônimo de Binocular, a canção "Maybe you're gone", que entrou para a trilha sonora do filme "Um show de vizinha" ("The girl next door"). A música só toca nos créditos finais do filme, mas ainda assim conquistou alguma repercussão - aliás, foi desta forma que conheci o trabalho do Binocular! 
Para quem gosta de pop rock romântico no estilo The Calling e 3 Doors Down, o Binocular é uma boa dica, embora seu som tenha menos guitarra, seja mais tranquilo e até tenha alguns elementos de eletrônico. 


Pancho’s Lament 
Assim como o Binocular, Pancho's Lament é uma banda de um homem só e não é exatamente alternativa. Seu som também é pop rock romântico, e a "banda" alcançou fama por ter praticamente todas as canções do primeiro álbum (lançado em 2000) incluídas na trilha sonora do seriado Jack e Jill.
As canções são lindíssimas, com bastante violão e letras ótimas. Minha queridinha é "Little angels", sou capaz de ouvir dez vezes seguidas!







Enfim, espero ter ajudado a divulgar um pouco melhor estes artistas que, justamente por serem "alternativos" e/ou "independentes", acabam não chegando ao conhecimento de muita gente. Se por um lado isso é bom, por salvá-los da possibilidade de virarem "modinha", por outro é no mínimo um desperdício que haja tanta boa música sem gente para ouvir!

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