sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Em quem acreditar?

"Será que alguma coisa nisso tudo faz sentido?
A vida é sempre um risco, eu tenho medo do perigo...
(...) Será que existe alguém ou algum motivo importante que justifique a vida ou pelo menos esse instante?"
('Lágrimas e chuva', Kid Abelha)


Enquanto se vive acomodado no conforto de uma vida fácil, com crenças preestabelecidas e conceitos mastigados, não há dilema para ser pensado, não há problema com o qual se deva preocupar. Entretanto, à medida que surge a curiosidade de saber o que há por trás e por dentro do engendro do mundo, quem tem pouca fé pode ter suas estruturas abaladas.

Há muito para se acreditar, aos que estejam dispostos a serem convencidos. E há muito para se descobrir, aos que estejam dispostos a desconfiar de tudo.

Onde está a verdade? Em quem se pode confiar? 

Amor e ódio coexistem nesse mundo, verdade e mentira pairam no ar sem que seja facilmente possível detectar qual é qual. A quem se agarrar, nestes momentos? O que vai garantir a nossa sanidade em meio a tantas teorias, possibilidades, profecias e interpretações?

Nessas horas é que se apercebe a importância da fé, a importância de poder contar com ao menos uma certeza inquestionável - e que ela se faça inquestionável não porque não pode ser questionada, mas sim porque já o foi inúmeras vezes e ainda assim se provou certa. Seja qual for a crença, a convicção ou a religião; se ela se mantém estável em meio às incertezas, é nela que você deve se firmar.

A minha é esta:


"Allan Kardec afirmou: 'Fé inabalável é somente aquela que pode encarar a razão, face a face, em todas as épocas da humanidade'. 
Acreditar em Deus, na imortalidade do Espírito, na excelência dos postulados da reencarnação e permitir-se abater quando convidado á demonstração da capacidade de resistência, é lamentável queda na leviandade ou clara demonstração de que a fé não é real... 
Permitir-se depressão porque aconteceram fenômenos desagradáveis e até mesmo desestruturadores do comportamento, significa não somente debilidade emocional que apenas tem fortaleza quando não há luta, mas também total falta de confiança em Deus. 
Quando a fé é raciocinada, estribada nas reflexões profundas em torno dos significados existenciais, tem capacidade para enfrentar os problemas e solucioná-los sem amargura nem conflito, para atender as situações penosas com tranquilidade, porque identifica em todas essas situações as oportunidades de crescimento interior para o encontro com a VERDADE. 
O conhecimento do Espiritismo liberta a consciência da culpa, o indivíduo de qualquer temor, facultando-lhe uma existência risonha com esperança e realizações edificantes pelos atos. Não apenas enseja as perspectivas ditosas do porvir, mas sobretudo ajuda a trabalhar o momento em que se vive, preparando aquele que virá". 


("Fé inabalável", mensagem de Joanna de Ângelis, do livro "Atitudes renovadas", psicografado por Divaldo Pereira Franco)

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