domingo, 12 de dezembro de 2010

A relação ideal

"I can't take it any longer, thought that we were stronger..."
("I hate this part", Pussycat Dolls)

Você sabe que um relacionamento (seja ele entre amigos, namorados ou família) é forte e sólido quando não se deixa abalar por certos tipos de problemas. Há tantos casais que brigam ou se desmancham por tão pouco, e outros que passam por coisas muito piores e permanecem juntos e com muita vontade de dar certo. Há famílias inteiras que desintegram em função de algum acontecimento, enquanto outras têm força e sabedoria para contornar a situação.
 
A solidez de um relacionamento depende, entre outras coisas, da paciência e equilíbrio das partes, e também de um pouco de tempo, porque é com ele que adquirimos segurança e confiança.
 
A confiança, eu gosto de dizer, não é algo que se pode exigir: é algo que se conquista. Não basta afirmar que você é uma pessoa confiável – por mais que realmente seja, o simples fato de dizer isso não fará com que a outra pessoa confie em você. É com o tempo que você vai mostrar a ela que é digno da sua confiança.
 
Estes dias estive escutando a canção “I’ll stand by you”, da banda Pretenders, e um verso chamou a minha atenção: “Nothing you confess could make me love you less” (“Nada que você confesse pode fazer eu te amar menos”). Fiquei pensando: é preciso estar em um estágio muito avançado do amor para poder dizer isso. Porque o amor está altamente vinculado à admiração (isso é lindo) e também às expectativas que temos em relação à outra pessoa (isso não é lindo, mas é verdade). Quando nos desapontamos com a pessoa amada ou quando descobrimos nela alguma faceta que desconhecíamos e não nos agrada, geralmente a relação sofre um baque. Para chegar ao ponto de ter certeza do amor que sentimos, ainda que sejamos decepcionados, é preciso amar demais – mais que isso, é preciso amar incondicionalmente.
 
Um dia chegarei lá... Um dia saberei amar assim. 

Nenhum comentário: