Eu já imaginava que em algum momento escreveria alguma coisa sobre o Big Brother Brasil aqui no blog. Aliás, estava demorando...
Não sinto que deva justificar por que gosto de assistir a este reality show, não tenho receio de ser julgada frívola ou ridícula por gostar; mas este texto vai acabar sendo, de qualquer forma, uma grande reflexão sobre o BBB, e que indiretamente justifica porque não acho que seja um programa fútil e vazio.
Desde que a produção do programa resolveu incluir somente participantes de classe média, jovens e bonitos, tenho sentido que têm tentado nos empurrar alguns conceitos.
Em primeiro lugar, preciso expressar uma certa angústia que tenho: minhas preferidas sempre saem. Foi assim ano passado, com a Lia, e agora, com a Natália. Mulheres fortes, decididas, corajosas, tão ou mais que muitos homens. Mulheres que não têm medo de serem julgadas por serem assim, muito embora também sejam frágeis e sensíveis por dentro. É, infelizmente, a sociedade ainda não está pronta para idolatrar mulheres assim. Tanto Lia quanto Natália foram eliminadas em paredões contra mulheres de personalidade oposta: lindinhas e delicadinhas.
E assim, pouco a pouco, meus preferidos (ou seja lá o que for mais próximo disso) vão saindo, e vão permanecendo no jogo aqueles participantes que pouco me agradam. Porque a grande parte dos participantes que vencem, ou ao menos ficam até o fim, são essas pessoas que têm pouca coisa que me cativa, que fazem besteiras durante o programa inteiro... Pessoas que não me impressionam, que não conseguem me convencer de que merecem o prêmio milionário... Mas acabam conseguindo, ou quase.
Então é isso? Os caras (sim, porque as mulheres nunca vencem) passam o programa inteiro sem fazer nada de muito especial, para no final termos que nos contentar em vê-los vencendo? Os caras não têm carisma, nem grandes atributos, mas acabamos tendo que convencer a nós mesmos de que têm grandes personalidades. Vemo-nos forçados a torcer por eles, mesmo não encontrado quase nada que gostamos neles. Acabamos elegendo o “menos pior” para ser nosso favorito, só para torcer por alguém. Temos que “engolir” estes conceitos, de que fulano é “o cara”, de que ciclano “arrasou” durante o programa inteiro. Em suma, somos obrigados a aceitar que nem sempre a pessoa que nos parece maior merecedora é aquela que colhe os louros no final. Mas enfim... Fora do BBB, também não é assim?
Um comentário:
Eu amei seu blog e tudo que vc escreveu
Só não compare Lia com Natália
Eu acho que o jogo da Nat sempre foi limpo e corajoso, ela enfrentava, ela tinha sua ideologia e a seguia, mais a Lia no meu ponto de vista era uma mulher sem caráter e que se escondia atrás do escrotoo do Dourado e do Cadu.
As minhas tbm sempre saem kkkkkkkkkk
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