sábado, 23 de abril de 2011

Não julgue o mundo com base nos seus próprios dissabores!

Dias atrás, fiquei horrorizada com um vídeo que vi na Internet. Tratava-se de um taxista que mora na mesma cidade que eu, e o vídeo foi feito por passageiros que vinham de outro Estado e desejavam se informar a respeito da cidade que acabavam de conhecer. Realmente não sei o que achei pior em tudo isso: as barbaridades que o taxista disse, ou o fato de que os rapazes que postaram o vídeo aceitaram tudo que ouviram, sem contestar, sem nem mesmo procurar saber de nada.

No vídeo, as mulheres de minha cidade foram impiedosamente difamadas, e o taxista generalizava ao apontar defeitos supostamente comuns a todas elas. Divertindo-se, os passageiros instigavam-no a falar mais e cada vez mais maldosamente das mulheres da cidade.

Não sou cega. Tenho total consciência de que não vivo em um lugar perfeito e de que há muita perversão e sujeira aqui. Mas daí a dizer que não há uma única alma que se salve em meio ao caos, vai uma longa distância.   

A pessoa que vive experiências ruins com determinadas coisas/pessoas/lugares/situações tende a achar que pode julgar todo o mundo com base em seus próprios desgostos... Mas, na verdade, no mundo há muito mais do que nossa reles compreensão alcança! Mesmo uma cidade não muito grande conta com muitas exceções às lamentáveis regras de nossa sociedade mais lamentável ainda. Agora, se estas exceções nunca chegaram ao nosso conhecimento, esta já é uma outra história.

Se somos desinformados ou tivemos experiências ruins na vida, não podemos culpar o contexto externo por nossa própria infelicidade. Só porque nunca tivemos o prazer de conhecer o lado bom de algo, isto não quer dizer que ele não exista. 

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