“Amar e ser amado é, neste mundo, a tarefa melhor da nossa espécie, tão cheia de outras que não valem nada.”
(Machado de Assis)
O homem cria seus próprios sistemas e despende um bocado de tempo e dinheiro consolidando a extensão deles ao mundo em que vive. Quantas ciências supérfluas levam anos para serem aprendidas, e quanta gente se ocupa de ensiná-las! Quanto tempo se gasta (se perde?) tentando adequar-se a padrões cuja existência nem sabemos justificar, e quantas oportunidades se desperdiça na ilusão de aproveitar melhor certos momentos que mal precisariam acontecer...
Na contramão disto, quantos de nós realmente dedicamos nosso tempo, dinheiro, disposição e pensamentos com aquilo que, no fim de tudo, realmente importa? Quantos de nós priorizamos as coisas que efetivamente fazem nossa vida ter algum sentido?
Neste mundo tão louco, em que todos vivem bombardeados por todo tipo de informação e convite, quem é que consegue manter-se equilibrado em meio a tantos abalos não sísmicos, em meio a tantos terremotos de valores, em meio a tantas chuvas de superficialidades? Quem é que consegue permanecer são em meio a tantas pestes morais?
Só quem consegue manter o equilíbrio e a sanidade, é que consegue distinguir as coisas, e saber quais são essenciais e quais não passam de bobagem... Contudo, paradoxalmente, para manter-se equilibrado e são, é preciso, primeiramente, saber fazer estas distinções.
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