sexta-feira, 8 de julho de 2011

Balanço do semestre: delicioso orgulho, palavras de Joanna de Ângelis e um convite aos que me lêem

Já estamos na metade do ano. Se, por um lado, julho pode representar férias, descanso e lazer, por outro, é interessante não deixar que o mês se restrinja a apenas estas coisas. É um bom momento para avaliar como tem sido o ano até agora. O que fizemos destes seis meses? Em que aspecto 2011 tem sido melhor ou pior que 2010, e que os anos anteriores de nossas vidas?

É com muita satisfação que respondo, a mim mesma, a estas perguntas. 2011 tem sido magnífico, proveitoso, gratificante. Por que tenho sorte? Óbvio que não (sorte não existe, o que existe é o merecimento de cada um). Porque eu quis. Porque eu lutei, fui atrás e consegui. Deus ajudou, várias pessoas maravilhosas participaram destas conquistas, mas também tenho o meu mérito. 

Esforcei-me, superei-me, batalhei, suei (literalmente!), gastei as forças que tinha e algumas que nem sabia ter... E, tcharam! Deu certo! Tem dado certo, felizmente. E é só o começo. Quero muito mais. E vou conseguir, porque agora peguei o ritmo e já sei o que é preciso fazer.

Melhor do que ouvir elogios, congratulações e ser reconhecido por suas conquistas e disciplina, só mesmo é poder sentir orgulho de si mesmo. Ah, como é gostoso! Olhar-se no espelho, avaliar-se, recordar tudo que passou, e sentir que tudo valeu a pena. É uma delícia chegar ao fim de um dia e pensar: "fiz todas as coisas que devia, e fiz tudo bem feito"; ou, melhor ainda, pensar: "fiz muito mais que o necessário, realmente me superei". 

Sim, neste semestre eu me superei, em vários aspectos. Em quatro, especialmente. Não considero adequado mencionar quais; afinal, minha intenção, com este blog, nunca foi me expor ou me vangloriar. Longe disso, o que almejo é compartilhar coisas boas com quem estiver a fim de ler o que eu escrevo, e armazenar estas coisas para mim mesma, para que eu forme pouco a pouco as convicções que formarão o legado que quero deixar para meus filhos. Mas ah... Como é bom poder dizer que estou tão orgulhosa de mim! Tudo valeu a pena! Apenas seis meses se passaram e já colho os louros. Imagino o que ainda me aguarda se eu continuar persistindo, acreditando, lutando e me esforçando!

Porém, se ao fim de um dia, um mês, um semestre ou até mesmo uma vida, não pudermos ter esse mesmo prazer de olhar para trás e sentir orgulho, não enxerguemos nisto uma desculpa para persistir no erro ou na inércia: sempre é tempo de começar, ou de recomeçar! 

E digo estas coisas com a consciência tranquila, sem o menor receio de ser considerada demagoga, porque esta é uma lição que se tem feito presente em minha vida. É clichê, mas é verdade: nunca é tarde para dar o primeiro passo, para nos melhorarmos, para fazer alguma coisa boa por si mesmo ou por alguém.

Assim como é verdade que um jogo de futebol pode ser decidido aos 45 minutos do segundo tempo...
Assim como é verdade que os parágrafos finais de um livro podem fazer com que a leitura de centenas páginas tenha valido a pena...
Assim como é verdade que uma boa ação praticada segundos antes do fim de uma vida ainda assim pode mudar o mundo...
... Também é verdade que sempre é tempo para agir.

Então, faço este convite a todos que me lêem: vamos nos melhorar? Vamos nos amar mais? Vamos amar mais as pessoas que vivem conosco? Vamos colocar em ação aqueles planos que nunca tiramos do papel? Vamos viver mais saudavelmente, alimentarmo-nos melhor, fazer mais exercícios? Vamos reclamar menos, fofocar menos, criticar menos, agir mais, elogiar mais, sorrir mais? Vamos estudar mais, ler mais? Vamos tentar gastar melhor o nosso tempo? Vamos evitar fazer aquelas pequenas coisinhas que sabemos que machucam as pessoas que mais gostamos? Vamos parar de encontrar desculpas para o sucesso dos outros e começar a lutar pelo nosso próprio? Vamos acreditar mais em nosso próprio potencial? 

"Vim, vi e venci", frase imortalizada pelo líder romano
Júlio César, após ter vencido uma grande e difícil batalha
Ah, vamos! Não estou propondo que, de um dia para o outro, nós nos tornemos pessoas perfeitas, ou que abandonemos de uma vez todos os nossos vícios e futilidades. Estou falando de reformas pequenas, coisas pequenas, detalhes que podem fazer toda a diferença. E fazem, podem ter certeza. 

No início, estamos fazendo esforços pequenos, mudando coisas pequeninas; depois, tentemos nos esforçar um pouco mais, fazer um pouco mais do que ontem; e então, gradativamente, estaremos fazendo coisas que há tempos atrás mal imaginávamos que poderíamos conseguir. É tão bom comparar a si mesmo com a pessoa que éramos no passado, e perceber que estamos melhores! 

O segredo é ter força de vontade e não deixar que as coisas ruins nos abalem. O maior erro que podemos cometer, ao cair, é perder tempo lamentando a queda ou exaltando a dor. Ora, levantemos logo! 

Muitas vezes, por fraqueza, enxergamos uma falha nossa como desculpa para não precisar mais nos esforçar. Grande, grande, enorme erro! Não podemos cair na tentação de crer que "já que está tudo perdido mesmo, continuarei fazendo as coisas do jeito errado". Nunca. O momento é de levantar, erguer a cabeça e seguir em frente. E logo! Só assim chegaremos onde queremos. Não importa quanto tempo levará, mas chegaremos.

"Fracassado é aquele que abandona a luta ou nega-se a travá-la. 
Dificilmente logrará vitória quem se recusa a enfrentar os desafios do cotidiano.
O homem são as suas tarefas, que devem ser enfrentadas com decisão e coragem.
Em todo cometimento multiplicam-se as dificuldades e as problemáticas se repetem.
Quedas e aparentes insucessos são experiências que, repetidas, favorecem o homem com o êxito que deve perseguir até o fim.
Desistir do empreendimento porque se apresenta difícil, significa abandonar-se a contínuos insucessos.
Não recear jamais, nem ceder à tentação da desistência na luta de ascensão."

(Versos iniciais da mensagem "Podes, se queres", de Joanna de Ângelis, do livro "Otimismo", de psicografia de Divaldo Pereira Franco)


Outro erro é a pressa, é a ansiedade por ser reconhecido. Conquistas árduas são realizadas lentamente, afinal, tudo que vem fácil, vai fácil. Porém, as coisas que conquistamos com muito tempo e suor, estas sim ficam!

Enfim, espero ter conseguindo transmitir essa maravilhosa sensação que se apoderou de mim quando decidi avaliar o meu primeiro semestre de 2011. Estou feliz, orgulhosa, e tenho a obrigação de compartilhar isto com quem queira me ouvir, ou melhor, ler. 

Sei que tudo que escrevi pode ter soado como besteira ou um amontoado de frases de livro de auto ajuda, mas acreditem: é tudo verdade. Funciona mesmo! Dou minha palavra.

A todos que se encontrarem neste estado de preguiça, seja ela física, mental ou espiritual (eu também nele me encontro, muitas vezes), fique esta pequena mensagem: coragem, e vamos em frente! 

E, por fim, para abrilhantar e encerrar este texto, deixo a vocês esta bela e profícua mensagem "Reforma íntima", de Joanna de Ângelis, psicografada por Divaldo Pereira Franco, que consta no livro "Vigilância":

"A reforma íntima! 


Quanto puderes, posterga a prática do mal até o momento que possas vencer essa força doentia que te empurra para o abismo. 

Provocado pela perversidade, que campeia a solta, age em silêncio, mediante a oração que te resguarda na tranqüilidade. 

Espicaçado pelos desejos inferiores, que grassam, estimulados pela onde crescente do erotismo e da vulgaridade, gasta as tuas energias excedentes na atividade fraternal. 

Empurrado para o campeonato da competição, na área da violência, estuga o passo e reflexiona, assumindo a postura da resistência passiva. 

Desconsiderado nos anseios nobres do teu sentimento, cultiva a paciência e aguarda a bênção do tempo que tudo vence. 

Acoimado pela injustiça ou sitiado pela calúnia, prossegue no compromisso abraçado, sem desânimo, confiando no valor do bem. 

Aturdido pela compulsão do desforço cruel, considera o teu agressor como infeliz amigo que se compraz na perturbação. 

Desestimulado no lar, e sensibilizado por outros afetos, renova a paisagem familiar e tenta salvar a construção moral doméstica abalada. 

É muito fácil desistir do esforço nobre, comprazer-se por um momento, tornar-se igual aos demais, nas suas manifestações inferiores. Todavia, os estímulos e gozos de hoje, no campo das paixões desgovernadas, caracterizam-se pelo sabor dos temperos que se convertem em ácido e fel, a requeimarem por dentro, passados os primeiros momentos. 

Ninguém foge aos desafios da vida, que são técnicas de avaliação moral para os candidatos à felicidade. 

O homem revela sabedoria e prudência, no momento do exame, quando está convidado à demonstração das conquistas realizadas. 

Parentes difíceis, amigos ingratos, companheiros inescrupulosos, co-idealistas insensíveis, conhecidos descuidados, não são acontecimentos fortuitos, no teu episódio reencarnacionista. 

Cada um se movimenta, no mundo, no campo onde as possibilidades melhores estão colocadas para o seu crescimento. Nem sempre se recebe o que se merece. Antes, são propiciados os recursos para mais amplas e graves conquistas, que darão resultados mais valiosos. 

Assim, aprende a controlar as tuas más inclinações e adia o teu momento infeliz. 

Lograrás vencer a violência interior que te propele para o mal, se perseverares na luta. 

Sempre que surja oportunidade, faze o bem, por mais insignificante que te pareça. Gera o momento de ser útil e aproveita-o. 

Não aguardes pelas realizações retumbantes, nem te detenhas esperando as horas de glorificação. 

Para quem está honestamente interessado na reforma íntima, cada instante lhe faculta conquistas que investe no futuro, lapidando-se e melhorando-se sem cansaço. 

Toda ascensão exige esforço, adaptação e sacrifício. 

Toda queda resulta em prejuízo, desencanto e recomeço. 

Trabalha-te interiormente, vencendo limite e obstáculo, não considerando os terrenos vencidos, porém, fitando as paisagens ainda a percorrer. 

A tua reforma íntima te concederá a paz por que anelas e a felicidade que desejas."

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