terça-feira, 2 de novembro de 2010

Barbara Stanwyck


Nascida Ruby Catherine Stevens, Barbara Stanwyck é a minha atriz favorita, a grande inspiradora do nome que pretendo dar à minha filha, e considerada (não só por mim, mas por muita gente que realmente entende de cinema) uma das maiores atrizes de todos os tempos.

Barbara era fabulosa, forte, e arrisco dizer que poucas atrizes, por melhores que foram ou são, conseguem ser tão versáteis quanto ela foi.

Barbara era perfeita em todos os papéis, brilhante como mulher mandona ou como submissa, como assassina ou perseguida, como boa ou má, moralista ou irreverente, na comédia ou no drama, sempre excelente.


O primeiro filme com ela que assisti foi "Stella Dallas", de 1937, coincidentemente o responsável por sua primeira indicação ao Oscar de melhor atriz. Neste drama, ela faz o papel de uma mãe que sofre para dar o melhor para a filha, reconhecendo que este melhor não é estar com ela. Tanto como mulher escandalosa quanto como mãe sofredora, Barbara é impecável. Sua atuação é tocante, e na cena final, ela dá um show.




Depois assisti ao divertidíssimo "Bola de fogo", comédia de 1941 que rendeu a Barbara outra indicação, e tornou-se o meu favorito de sua filmografia. Barbara e Gary Cooper (outro ator dos tempos antigos que eu adoro) formam um casal ótimo, têm muita química em cena - já haviam trabalhado juntos antes no tocante "Adorável vagabundo", de Frank Capra, diretor que por sinal acreditou muito em Barbara desde o início.


Barbara em "Pacto de sangue" (1944)
Depois vieram "Pacto de sangue", "Da ambição ao crime", "Vingança no coração", "O tempo não apaga", "Uma vida por um fio", "A flor dos meus sonhos", "As três noites de Eva", Só a mulher peca", "Serpentes de luxo", "Chamas que não se apagam"... Alguns filmes menores, outros tornaram-se clássicos, como "Pacto de sangue", que virou referência no gênero entitulado film noir. Nesta grande obra dirigida pelo também grande Billy Wilder, Barbara interpreta a femme fatale Phyllis Dietrichson. A frieza na voz e nos olhos de Barbara é incrível. Este filme deu a ela sua penúltima indicação ao Oscar de melhor atriz - a última foi por "Uma vida por um fio", de 1948. Um grande chavão sobre Barbara é que ela foi "the best actress never to win an Oscar"  (a melhor atriz a nunca ganhar um Oscar).

Destaco também sua atuação em "O tempo não apaga", mais uma vez como megera, e em "Serpentes de luxo", filme por demais ousado para sua época (é de 1933).

Há tantos grandes filmes de Barbara que nunca assisti! Possuo um acervo enorme, preciso algum dia reservar um tempo para assistir pelo menos alguns. Tenho certeza que minha admiração por ela aumentará ainda mais. 

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