A juventude de hoje adora essa palavra: liberdade. É o que ela mais deseja, mais sonha. E não deseja esperar: os jovens desejam ser livres agora mesmo. Esquecem-se que ser livre custa, e caro. Não desejam ser livres quando puderem, mas sim quando querem, e querem agora. Pois bem, quem vai custear essa tão almejada liberdade? Os pais, claro. Para quem mais sobra aguentar as consequências das escolhas (mal pensadas) dos filhos?
Tantos jovens têm esse desejo de poder ser livre, fazer o que bem entende, não dever satisfações, ir para o vento os levar. Ter liberdade para viajar sozinho, ir às festas que escolhe, comprar as melhores roupas... Mas quem vai pagar por tudo isso?
Acho engraçado o fato de que eles não fazem esse paralelo: querem liberdade, mas precisam de dinheiro; exigem o dinheiro dos pais, mas não permitem que eles se metam em suas vidas. “Mãe, me dê dinheiro para ser livre”. “Mãe, deixe eu fazer o que eu quiser, mas antes me dê R$500”. “Pai, cadê o dinheiro? Pronto, obrigado, agora me deixe em paz”. “Pai, peguei R$100 na sua carteira, não encha o saco, vou sair e não sei quando volto”.
Acho curioso o fato de que estes jovens provavelmente não se colocam no lugar de seus pais. E se fossem eles, trabalhando para sustentar os filhos? Topariam financiar a liberdade deles? Achariam legal entregar boa parte de seus salários nas mãos de seus filhos para que eles gastassem sabe-se lá com o quê? Será que não se preocupariam? Não iriam querer saber onde o filho anda, com quem está, o que está fazendo?
É tudo tão óbvio que só posso concluir que nossa geração é muito estúpida. Apesar de não me identificar com a temática deste texto, não posso me esquivar: faço parte desta geração. Em alguns aspectos, isto me envergonha.
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